Com direito a uma dobradinha da Ferrari no pódio, o alemão Sebastian Vettel venceu o GP da Hungria, neste domingo, e voltou a abrir vantagem no Mundial da Fórmula 1. O finlandês Kimi Raikkonen chegou em segundo lugar, logo à frente do compatriota Valtteri Bottas, da Mercedes. O inglês Lewis Hamilton ficou e quarto e viu Vettel se distanciar na liderança do campeonato.
Vettel chegou aos 202 pontos, contra 188 de Hamilton, que ocupou a terceira posição durante a prova, quando Bottas liderou sua passagem. Mas devolveu na volta final, por ordem da equipe, perdendo assim pontos preciosos no campeonato. A diferença de pontos, que chegou a apenas um na etapa passada, cresceu para 14 neste domingo.
Sem maiores disputas e ultrapassagens, o GP húngaro foi marcado pela pouca mobilidade entre os primeiros colocados e pelo domínio da Ferrari. Nem mesmo o forte calor, que gerou expectativa sobre a degradação dos pneus, alterou o panorama que vinha se desenhando desde o sábado.
Os principais pilotos na disputa pela vitória fizeram somente uma parada ao longo das 70 voltas da prova, sem gerar a movimentação esperada nos boxes, o que daria margem para surpresas. A Mercedes não teve rendimento suficiente para ameaçar a Ferrari ao longo de toda a corrida.
O GP em Budapeste não contou com a participação de Felipe Massa. O brasileiro sofreu mal-estar e tontura na sexta-feira e no sábado e decidiu ficar de fora do GP. Em seu lugar, a Williams escalou o piloto reserva, o escocês Paul Di Resta, que acabou abandonando na 63ª volta.
Submetido a exames médicos e consulta no sábado, o piloto ainda não se manifestou sobre as causas do mal-estar. Com sua ausência, o Brasil ficou sem um representante num GP da F-1 pela primeira vez em 35 anos.
A CORRIDA – Vettel, na pole, e Raikkonen, sustentaram suas posições na largada em Budapeste. Bottas garantiu o terceiro posto em que saiu e viu Hamilton se perder nas primeiras curvas. O inglês caiu do quarto para o sexto posto. E figurou em quinto somente porque os carros da Red Bull se tocaram e Daniel Ricciardo levou a pior.
Após o abandono do australiano, por conta de problemas no radiador, atingido pelo companheiro de equipe, Max Verstappen foi punido com 10 segundos nos boxes. O safety car, então, entrou na pista e só saiu na sexta volta.
Na retomada da prova, a Ferrari se manteve na frente, exibindo ritmo melhor do que a Mercedes. Hamilton sofria mais do que Bottas para tentar acompanhar o pelotão dianteiro.
A corrida seguiu inalterada, com Vettel, Raikkonen, Bottas, Hamilton e Verstappen nas primeiras posições, nesta ordem, até praticamente metade das 70 voltas. Somente no 31º giro, com Bottas fazendo sua parada, que o pelotão dianteiro começou a sofrer mudanças.
O finlandês trocou os pneus supermacios pelos macios, movimento que foi seguido na sequência por Hamilton. Vettel e Raikkonen tinham aparentemente esta mesma estratégia de fazer a primeira parada, e talvez a única, por volta da 33ª volta. A dupla da Ferrari parou nos boxes no 34º giro.
Vettel voltou na liderança e contou com um pequeno contratempo de Raikkonen, na saída dos boxes, para não ter ameaçada sua posição. Verstappen, sem parar, liderou a corrida por cerca de 10 voltas. Quando trocou os pneus, voltou em 5º, atrás apenas dos carros da Ferrari e da Mercedes.
Com Vettel na frente, e abrindo vantagem no campeonato, a Mercedes decidiu facilitar a trajetória de Hamilton. Ordenou a Bottas que deixasse o companheiro de equipe passar. O finlandês liberou escancaradamente a ultrapassagem na 47ª volta. E o inglês assumiu o terceiro posto.
Via rádio, a Mercedes prometeu que Hamilton devolveria a posição a Bottas caso não conseguisse passar os carros da Ferrari. O inglês chegou a estar menos de um segundo na cola de Raikkonen, mas não foi adiante por conta de erros. E o finlandês foi bem-sucedido ao proteger Vettel nas voltas finais.
Ao contrário do GP da Inglaterra, há duas semanas, a Ferrari não sofreu com imprevistos no final e confirmou o bom rendimento em Budapeste. À Mercedes, coube cumprir a promessa de fazer Hamilton devolver a posição a Bottas, que terminou na terceira colocação.
Destaque nos treinos deste fim de semana, Fernando Alonso voltou a surpreender neste domingo. O piloto da McLaren largou em sétimo e terminou a prova em sexto, logo atrás de Verstappen. Foi seu melhor resultado numa corrida desta temporada.
O GP húngaro foi o último antes das férias de verão na Europa. O calendário da F-1 terá um recesso de um mês agora. E o campeonato será retomado no dia 27 de agosto, com o GP da Bélgica, no tradicional circuito de Spa-Francorchamps.
Confira a classificação final do GP da Hungria:
1.º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), em 1h39min46s713
2.º – Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 0s908
3.º – Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 12s462
4.º – Lewis Hamilton (ALE/Mercedes), a 12S885
5.º – Max Verstappen (HOL/Rred Bull), a 13S276
6.º – Fernando Alonso (ESP/McLaren), a 71S223
7.º – Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso), a 1 volta
8.º – Sergio Pérez (MEX/Force India), a 1 volta
9.º – Esteban Ocon (FRA/Force India), a 1 volta
10.º – Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren), a 1 volta
11.º – Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 1 volta
12.º – Jolyon Palmer (ING/Renault), a 1 volta
13.º – Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 1 volta
14.º – Lance Stroll (CAN/Williams), a 1 volta
15.º – Pascal Wehrlein (ALE/Sauber), a 2 voltas
16.º – Marcus Ericsson (SUE/Sauber), a 2 voltas
17.º – Nico Hülkenberg (ALE/Renault), a 3 voltas
Não completaram a prova:
Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)
Romain Grosjean (FRA/Haas)
Paul Di Resta (ESC/Williams)