O presidente do Banco Pan, Carlos Eduardo Guimarães, disse nesta segunda, 4, que espera formar a maior plataforma bancária e de e-commerce do Brasil com a incorporação da Mosaico, dona do Buscapé e do Bondfaro, anunciada na noite de domingo, 3, por valor não revelado.
O executivo lembrou que o Pan já vinha estudando a criação de um marketplace de e-commerce acoplado ao serviço financeiro. "Estávamos trabalhando uma parceria grande, e os times se conheciam. Identificamos uma oportunidade maior por meio da combinação de negócios", acrescentou.
Com o negócio, ambos pretendem complementar oferta de serviços aos 12,4 milhões de clientes do Pan e aos 22 milhões de usuários mensais das plataformas da Mosaico.
Apesar de o negócio ter sido bem recebido pelo mercado, o gasto gerado pelo movimento fez as ações do Pan despencarem 10,63%, fechando a R$ 15,47. Em um dia negativo para o Ibovespa – principal índice da B3, a Bolsa brasileira -, todas as varejistas amargaram fortes quedas em virtude das expectativas de alta da Selic, a taxa básica de juros brasileira. A Mosaico, por seu turno, teve valorização de 5,55%, para R$ 13,32.
Em relatório sobre o negócio, a XP Investimentos disse ver como principal benefício para a Mosaico a oportunidade de venda cruzada com a base de clientes do Banco Pan, uma vez que este irá direcionar seus clientes para os sites de plataforma.
"O movimento reforça a oferta financeira da Mosaico, um braço que vemos como bastante estratégico para empresas vinculadas ao setor de varejo", afirmam os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, da XP.
Do ponto de vista do Banco Pan, os analistas apontam que a aquisição acelera a estratégia de marketplace, adiciona um time robusto de tecnologia, além de acessar a base de clientes da Mosaico com oferta de produtos como créditos e seguros.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>