Estadão

Com empresários, Alckmin evita criticar teto de gastos e faz jogo dúbio

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice-candidato à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o teto de gastos é sinalização para responsabilidade fiscal, mas que "não tem teto mais furado do que este". O vice não disse, no entanto, qual política poderia substituir a âncora fiscal ou se defende a revogação da medida, proposta que foi incluída nas diretrizes do programa de governo petista.

"O teto de gastos é uma sinalização para a responsabilidade fiscal. Eu não posso ficar gastando mais do que arrecado. São Paulo nunca teve teto de gastos e é um exemplo de responsabilidade fiscal. Qual o problema de ficar engessando as coisas? Quem vai sofrer é investimento", disse.

Alckmin reforçou que terá "todo compromisso com responsabilidade fiscal" e, sem detalhar a política econômica em um eventual novo governo, aproveitou para ressaltar os êxitos das gestões de Lula. O vice citou, por exemplo, a queda na relação dívida e PIB nos governos do petista, superávit primário e geração de empregos.

Alckmin defendeu a recuperação de investimentos públicos para garantir crescimento ao País e citou como exemplo os projetos desenvolvidos pelos Programas de Aceleração de Crescimento (PACs) I e II dos governos PT, com quase R$ 2 trilhões de recursos.

Segundo ele, há liquidez no mundo e o Brasil precisa sinalizar estabilidade, previsibilidade, sustentabilidade e democracia estável para atrair novos investimentos. Disse ainda que é preciso "parar com essa brigaiada dia e noite entre poderes" para garantir segurança jurídica.

Alckmin participa do evento "ABDIB Fórum 2022 – Agenda da Infraestrutura com presidenciáveis", organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDIB).

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