O Botafogo é o primeiro finalista do Campeonato Carioca. Jogando no Engenhão na noite deste sábado, o time alvinegro bateu o Fluminense por 2 a 1 no tempo normal e superou a equipe tricolor também nos pênaltis (9 a 8). Foram 11 séries de cobranças, sendo que a classificação só foi decidida nas penalidades máximas realizadas pelos goleiros. Cavalieri perdeu o seu na cobrança final do Flu, que havia vencido o confronto de ida do mata-mata por 2 a 1.
Agora, o Botafogo espera o classificado da outra semifinal, entre Flamengo e Vasco, que jogam neste domingo no Maracanã. No jogo de ida, houve empate sem gols. Assim, por ter melhor campanha, o time rubro-negro joga por um empate, enquanto o Vasco precisa de vitória por qualquer placar.
O JOGO – O time alvinegro – que precisava vencer por dois gols de diferença e
treinou com portões fechados na véspera da partida – foi para o jogo com uma surpresa na escalação. Fernandes iniciou a partida na vaga de Tomas. Surpresa também teve o time tricolor: sem Fred, suspenso, todos esperavam que a posição seria disputada por Lucas Gomes e Marlone, mas Ricardo Drubscky optou por escalar Wagner. Assim, o Fluminense foi com cinco jogadores de meio-campo e apenas um atacante: Kenedy.
O que havia sido planejado por René Simões, porém, precisou ser repensado logo no primeiro minuto. Com apenas 20 segundos, Elvis deu uma arrancada com a bola dominada e sentiu o músculo posterior da coxa direita. Atendido em campo, tentou continuar no jogo, mas no minuto seguinte pediu substituição. Gegê foi para a partida.
Mesmo assim, só deu Botafogo nos primeiros 25 minutos de partida. Com suas linhas avançadas e buscando o jogo quase sempre pelo lado direito, o time criou diversas oportunidades. E abriu o marcador (de maneira irregular) logo aos 5. Rodrigo Pimpão recebeu em impedimento pelo flanco direito e tocou por cobertura, com Fernandes empurrando para o gol.
A vitória parcial tão cedo deu ânimo ao time, que seguiu em cima. Aos 20, Rodrigo Pimpão aproveitou novo cruzamento da direita e bateu de voleio, rente ao travessão. E, dois minutos mais tarde, quando o Fluminense tentava sair para o ataque, Wagner perdeu a bola no meio-campo para Gegê, que passou para Gilberto lançar Bill; o atacante ganhou na velocidade de Gum, chutou em cima de Cavalieri e, no rebote,
finalizou para o gol vazio: 2 a 0.
Foi só a partir daí que o time tricolor acordou. A primeira boa chance do Fluminense veio aos 29, quando Gum cabeceou a bola no travessão. Já aos 42, Kenedy recebeu lançamento na esquerda, invadiu a área e foi derrubado por Renan. Pênalti, que Jean bateu com categoria e colocou no canto direito, descontando.
Para o segundo tempo, o Fluminense teve alteração. Wagner, de atuação muito ruim, saiu para a entrada do jovem Robert. Logo em seu primeiro lance, aos 2, ele lançou Kenedy, que invadiu a área, mas concluiu para fora.
A mudança deu certo na primeira metade da etapa final. O trio Gerson, Robert e Kenedy passou a explorar o setor direito de ataque, e por lá as jogadas ofensivas foram sendo criadas uma atrás da outra. O problema era que, com Kenedy aberto e sem Fred, o Fluminense passou a sentir a ausência de um jogador de área para finalizar.
Pelo lado do Botafogo, como tem sido costume, o time sentiu a parte física no segundo tempo. As jogadas em velocidade cessaram. Para piorar, a partir dos 25 Marcelo Mattos e Gilberto passaram a acusar cãibras – e René Simões já havia feito três alterações. Minutos mais tarde, Bill começou a mancar por dores no tornozelo. Aos 38, Carleto sentiu a coxa e saiu de maca. Aos 43, sentindo ainda mais cãibras, foi a vez de Marcelo Mattos sair carregado. Ambos voltaram.
PÊNALTIS – Com alguma dose de heroísmo, o Botafogo conseguiu segurar o placar e
levar a partida para as penalidades máximas. Kenedy e Marcelo Mattos perderam a primeira série, enquanto Jean e Gegê acertaram a segunda.
Gerson perdeu a terceira cobrança, e Gilberto colocou o Botafogo na frente. Na quarta série, Renato e Carleto marcaram. Na quinta, Marlone acertou para o Flu e Giaretta perdeu sua cobrança para o Botafogo. Tudo igual.
Nas cobranças alternadas, Gum e Renan Fonseca acertaram. Na sétima série, Marlon e Jobson também converteram, assim como Edson e Bill na oitava rodada. Robert e Luís Ricardo também acertaram as suas. Na décima série, Wellington Silva e Willian Arão converteram.
Sem mais jogadores de linha para bater, a décima primeira cobrança coube aos goleiros. Pelo Flu, Diego Cavalieri isolou, enquanto Renan bateu com muita categoria e definiu a classificação do Botafogo.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 2 (9) X 1 (8) FLUMINENSE
BOTAFOGO – Renan; Gilberto, Diego Giaretta, Renan Fonseca e Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Fernandes (Luis Ricardo) e Elvis (Gegê); Rodrigo Pimpão (Jobson) e Bill. Técnico – René Simões.
FLUMINENSE – Diego Cavalieri; Wellington Silva, Marlon, Gum e Giovanni (Renato); Edson, Jean, Vinícius (Marlone), Gerson e Wagner (Robert); Kenedy. Técnico – Ricardo Drubscky.
GOLS – Fernandes, aos 5, Bill, aos 22, e Jean, aos 43 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Péricles Bassols Cortez.
CARTÕES AMARELOS – Renan e Luis Ricardo.
RENDA – R$ 784.440,00.
PÚBLICO – 13.958 pagantes (16.312 presentes).
LOCAL – Estádio do Engenhão, no Rio.