Os Estados Unidos voltaram a subir ao pódio do futebol feminino na Olimpíada. Depois de não ficar nem entre as semifinalistas no Rio-2016, as americanas derrotaram a Austrália por 4 a 3 em um grande jogo com golaços, incluindo um olímpico marcado pela craque Megan Rapinoe, eleita melhor jogadora do mundo em 2019, e conquistaram o bronze nos Jogos de Tóquio.
A seleção americana garantiu o bronze em Tóquio e conquistou sua sexta medalha em sete edições dos Jogos Olímpicos. Só não foi ao pódio em 2016 no Rio porque parou nas quartas de final ao perder da Suécia. O time é tetracampeão olímpico, tem uma prata e agora somou seu primeiro bronze.
As protagonistas da partida foram as talentosas e experientes Carli Lloyd e Megan Rapinoe, líderes de uma geração vitoriosa e que muito provavelmente fizeram sua última participação olímpica. A meio-campista tem 39 anos e a atacante, 36. Elas marcaram dois gols cada e comandaram a emocionante vitória dos Estados Unidos.
Rapinoe abriu o placar em grande estilo. Com um gol olímpico aos minutos do primeiro tempo. Ela cobrou um escanteio com efeito pelo lado esquerdo direto para o gol e surpreendeu a goleira Micah, que foi atrapalhada pelo posicionamento de Lloyd na pequena área. Foi apenas o segundo gol olímpico da história. O primeiro, anotado em Londres-2012, também saiu dos pés da craque americana, a única a marcar um gol desse tipo, entre homens e mulheres, no futebol olímpico.
Mas a Austrália vendeu muito caro a derrota. Kerr empatou nove minutos depois ao bater na saída de Franch. Rapinoe, contudo, reapareceu aos 21 para marcar mais uma pintura e recolocar as americanas em vantagem. Ela pegou sobra de bola mal afastada pela defesa rival e acertou um chute com violência e precisão de primeira. Nos acréscimos, Lloyd ampliou e os EUA foram ao intervalo com um vantagem confortável aparentemente.
As americanas ainda marcaram mais um, o quarto, com Lloyd. Aos seis minutos, a meio-campista aproveitou o vacilo da zaga adversária e concluiu entre as pernas da goleira Micah aos seis minutos do segundo tempo.
A Austrália conseguiu manter a esperança ainda viva três minutos depois, com um gol de Foord. Depois, Gielnik marcou aos 44 e deu emoção a um confronto que parecera resolvido. A seleção da Oceania tentou uma pressão final nos acréscimos, mas não conseguiu forçar a prorrogação e as americanas sustentaram o triunfo.