Cidades

Com início do tratamento, cidade sobe em ranking de saneamento

No novo ranking divulgado, Guarulhos aparece na 45ª posição ante a 48ª colocação na publicação anterior

O Instituto Trata Brasil divulgou ontem o novo ranking do saneamento básico no Brasil através de levantamento que buscou identificar o cenário do tratamento de esgoto nas maiores cidades brasileiras, bem como o acesso da população aos serviços de água tratada, coleta dos esgotos e as perdas de água. No novo ranking divulgado, Guarulhos aparece na 45ª posição ante a 48ª colocação na publicação anterior.

O levantamento divulgado ontem foi feito com base nos indicadores do Sistema Nacional de Informações (SNIS) sobre Saneamento Básico, publicado pelo Ministério das Cidades (base 2010). O ranking divulgado no ano passado teve como base os resultados colhidos pelo mesmo Ministério em 2009.

A melhora do desempenho já começa a refletir o início do tratamento de esgoto em Guarulhos, que começou em 2010, com a inauguração da primeira estação de tratamento do São João, coletando 15% dos resíduos do município. Em dezembro de 2011 a segunda estação de tratamento foi inaugurada, a de Bonsucesso, ampliando para 35% o esgoto tratado. A previsão do município é que até o fim de 2012, 55% dos resíduos coletados na cidade estejam tratados com a inauguração da estação da Várzea do Palácio. No novo levantamento do Trata Brasil, somente entraram os números da ETE São João, única construída a época do estudo.

No Brasil, segundo o SNIS 2010, 81% da população tem acesso à água tratada; apenas 46% da população tem acesso à coleta de esgotos e do esgoto gerado no país apenas 38% recebe tratamento. A perda média de água no país é de 36%. "Esse novo levantamento do evidencia que o Brasil tem um enorme desafio pela frente até alcançar a universalização do saneamento básico, sobretudo no acesso à água tratada, à coleta e ao tratamento dos esgotos. Apesar dos inegáveis avanços, o que deveria ser um direito humano ainda é negligenciado por muitas autoridades, inclusive nas grandes cidades", disse Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

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