Uma confusão envolvendo as comissões técnicas de Fluminense e Palmeiras no sábado, chamou a atenção no momento em que os dois times deixaram o gramado a caminho dos vestiários. No entanto, no meio das discussões acaloradas, uma ausência acabou notada: a de Abel Ferreira, técnico palmeirense.
"Tenho me controlado, quero estar assim, faz tempo que não tomo amarelo. Teve um sururucu, mas cada um foi para o seu lado", afirmou o treinador na entrevista coletiva após o jogo com os cariocas no Maracanã.
Numa fase do calendário em que as competições estão começando a afunilar na direção da definição dos títulos, o treinador palmeirense vem querendo se livrar das polêmicas.
Alvo preferido das arbitragens em função do seu estilo explosivo à beira do gramado, Abel foca agora na observação de seus adversários. Nesta terça, por exemplo, o Palmeiras enfrenta o Athletico-PR em Curitiba, no jogo de ida das semifinais da Libertadores.
"Vamos ter de estar alertas, vai requerer de nós o máximo. Em um jogo só, tudo pode acontecer. Sou pragmático e o negócio se resolve dentro das quatro linhas", afirmou o comandante palmeirense.
A preocupação de Abel em relação a controlar o temperamento tem reflexo nas polêmicas recentes que ele teve com Cuca, treinador do Atlético-MG e Jorginho, demitido neste sábado do comando técnico do Atlético-GO.
Líder do Brasileiro e na semifinal da Libertadores, o técnico português, no entanto, trata essas rusgas como coisas do futebol e decidiu colocar um ponto final sobre as polêmicas na semana passada.
"Respeito as opiniões dos técnicos brasileiros e comigo está tudo em paz. Só quando é para competir, ligo meu modo competitivo. De resto, não tenho nada a dizer em relação a isso. Faz parte, coisas do futebol. O que acontece dentro das quatro linhas, morre ali", disse Abel