Estadão

Com novos clientes e lançamentos, setor químico vira o jogo

A indústria química Tecpon, de Cachoeirinha (RS), chegou a ter produção e vendas afetadas no início da pandemia. Fornecedora de produtos de sanitização, a empresa de Newton Mario Battastini reduziu suas vendas para hotéis, restaurantes e até hospitais, depois do cancelamento de cirurgias eletivas e atendimentos ambulatoriais. Para enfrentar a crise, Battastini apostou no aumento da demanda da indústria alimentícia, além do lançamento de novos produtos, como um gel antisséptico que substitui o álcool em gel, para driblar a escassez e encarecimento de matérias-primas importadas. Como resultado, o empresário conseguiu manter todos os 68 funcionários trabalhando ao longo da crise sanitária, sem demissões.

"Ainda não superamos o nível de produção do pré-pandemia, mas tranquilamente alcançaremos esse patamar ainda neste primeiro semestre. Estávamos usando cerca de 79% da nossa capacidade instalada antes da pandemia, agora já estamos operando com 65% da nossa capacidade de produção", contou Battastini, diretor e proprietário da empresa.

A fabricação de produtos químicos de uso industrial teve alta de 0,81% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020, enquanto as vendas internas avançaram 7,66%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

O cenário de demanda em alta, por causa da recuperação da economia, e de preços elevados do aço ajudou o movimento no setor de siderurgia. A Usiminas anunciou um crescimento de 10,6% nas vendas totais da unidade de siderurgia, na comparação com o quarto trimestre de 2020, para 1,254 milhão de toneladas de aço. É o maior volume trimestral de vendas desde o segundo trimestre de 2015.

Ao apresentar os resultados do primeiro trimestre da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no fim de abril, o presidente da empresa, Benjamin Steinbruch, disse que a tendência de crescimento da demanda continua no segundo trimestre e que a produção de maio e junho já está comercializada.

"Estamos pressentido que talvez venha uma retomada mais forte", afirmou o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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