Associações do setor elétrico calculam que a aprovação da Medida Provisória da privatização da Eletrobras com os novos "jabutis" – trechos estranhos texto original – incluídos no parecer do Senado aumenta o custo da operação para todos os consumidores para R$ 84 bilhões. Até então, o valor, considerando apenas as modificações feitas pelos deputados, era de R$ 67 bilhões.
As entidades se juntaram a um movimento chamado de União pela Energia , que inclui representantes da indústria, investidores no setor elétrico e produtores de petróleo e gás. Eles pedem que o Senado retome o texto original enviado pelo Executivo para evitar um aumento nas tarifas de energia.
Considerando todas as propostas da Câmara e Senado, o custo será de R$ 56 bilhões. Há ainda uma estimativa de incidência de R$ 18 bilhões em impostos, valor que se soma aos R$ 10 bilhões destinados à revitalização de bacias em diversas regiões do País. As associações afirmam que o aumento das tarifas prejudica os Estados e o País, com menos competitividade, indústrias, empregos e renda.
"Até o momento o parecer do relator Marcos Rogério adicionou na conta R$ 15 bilhões com os novos subsídios ao Carvão Nacional, as pequenas distribuidoras regionais, assim como uma nova intervenção no setor elétrico que obrigará o acionamento de térmicas para elevar o nível dos reservatórios das usinas de Minas Gerais e São Paulo, atendendo interesse de outros setores da economia como turismo e logística", diz nota das entidades.
Os senadores devem voltar a analisar o texto ainda nesta quinta-feira, 17. A sessão foi suspensa pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após o relator da proposta pedir mais tempo para apresentar aos parlamentares a complementação do voto divulgada nesta manhã.
A decisão indica que nos bastidores o governo ainda busca votos para apoiar a aprovação da matéria.
Pacheco reabriu a sessão pouco antes do fechamento deste texto.