Estadão

Com Petrobras e Vale, Ibovespa sobe 1,63%, aos 128,8 mil pontos

Vindo de perda de 1% acumulada no intervalo anterior, o Ibovespa iniciou a semana em tom positivo, favorecido por bom desempenho das ações de maior liquidez, em especial Vale (ON +5,46%), com o avanço de 3% nos contratos futuros de minério na retomada dos negócios com a commodity no gigante asiático, após o feriado da semana passada – os preços do insumo chegaram a subir 6% durante a sessão por lá.

Com recuperação mais firme também em Petrobras (ON +1,43%, PN +1,39%) no fechamento – apesar das dúvidas sobre a permanência de Jean Paul Prates à frente da empresa e do desempenho negativo do petróleo na sessão -, o Ibovespa ganhou dinamismo perto do fim do dia, e chegou a recuperar a linha de 129 mil pontos, marca não vista em fechamento desde 20 de março.

Embora a alta da preferencial de Petrobras tenha chegado a superar 2% no fim da tarde, acomodou-se abaixo deste limiar no fechamento, fazendo com que o Ibovespa não sustentasse o nível dos 129 mil.

De qualquer forma, a melhora vista nas ações da estatal veio em meio a expectativas pelo desfecho do dia, e prosseguiu após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que quem decide sobre dividendos extraordinários é a Petrobrás.

"O governo está tentando amenizar um pouco essa discussão e o mercado, muito especulado, se aproveita disso", diz o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti.

Além das ações de commodities, o desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira contou com o apoio de ganhos bem distribuídos no setor financeiro (Itaú PN +1,50%, BB ON +1,56%, Bradesco PN +0,69%), o de maior peso no Ibovespa. Assim, o índice da B3 avançou nesta segunda-feira 1,63%, aos 128.857,16 pontos, entre mínima de 126.796,42 e máxima de 129.178,14 (+1,88%) na sessão, em dia de fechamento moderadamente negativo para Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, em Nova York, com ajuste inferior a -0,1%.

Na B3, o giro ficou em R$ 19,3 bilhões nesta abertura de semana. No mês, o Ibovespa passa a subir 0,59%, com perda no ano ainda a 3,97%. Na ponta do índice na sessão, destaque para Dexco (+5,85%), Usiminas (também +5,85%) e Vale (+5,46%). No lado oposto, Braskem (-2,84%), Pão de Açúcar (-2,61%) e IRB (-2,60%).

"A sessão foi bem positiva para os ativos domésticos, com a forte recuperação em Vale tendo reaproximado o Ibovespa dos 129 mil pontos, em dia de apreciação do real frente ao dólar refletindo ingresso de fluxo, e retração também na curva de juros, nas mínimas do dia à tarde, apesar da persistência de dúvidas sobre o momento em que o corte de juros virá nos Estados Unidos", observa Gabriel Freitas, especialista e sócio da Blue3 Investimentos.

"O mercado já tinha amanhecido muito bem, com ânimo mais acelerado em relação à China em função de dados relacionados à indústria, com surpresas positivas sobre a atividade industrial na Índia também, que se refletem na expectativa por demanda de minério e aço", diz Victor Miranda, operador de renda variável da One Investimentos, mencionando ainda a expectativa de que a China venha a anunciar estímulos para induzir recuperação mais sustentada para a atividade econômica.

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