Com piora da covid, cidades de SP vetam aluguel de sítio e venda de bebida

Além de seguirem as determinações da "fase emergencial" impostas pela gestão João Doria (PSDB), municípios de São Paulo têm adotado medidas adicionais para tentar reduzir o agravamento rápido da pandemia da covid-19. As restrições incluem veto a aluguel de chácaras, suspensão da venda de bebida alcoólica e a proibição de grupos de mais de três pessoas. Em alguns casos, gestores recorrem ao toque de recolher.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, cerca de 30 prefeituras decidiram adotar restrições mais rígidas do que o Estado. "Quando aquela localidade verifica a intensidade da pandemia e a necessidade de agir para poder intensificar essas ações. E estamos apoiando essas restrições."

A lista inclui São José do Rio Preto, Orindiúva, Bady Bassitt, Guapiaçu, Monte Aprazível, Cedral, Ibirá, Tanabi, Nova Granada, Palestina, Onda Verde, Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Brodowski, Jaboticabal, Orlândia, Batatais, Sertãozinho, Campinas, Santos, Pauliceia, Araraquara, Pirassununga, Boraceia, Lins, Itapeva, Buri e Capão Bonito. Há, ainda, outros municípios como Itararé, Tupã e Araçatuba, dentre outros, que não foram incluídos.

Para essas prefeituras, um dos principais exemplos são os resultados positivos obtidos por Araraquara, que reduziu em 53% a média móvel de novos casos em pouco menos de um mês após instituir lockdown. "A gente viu o que aconteceu lá, que teve redução considerável. A gente espera colher daqui uns dias uma redução no número de óbitos", diz José Henrique Frascá Junior, secretário de Negócios Jurídicos de Monte Alto.

Em Tupã, a venda de bebidas foi suspensa nos próximos dois fins de semana, assim como o funcionamento da maioria dos estabelecimentos comerciais considerados essenciais, exceto os postos de combustíveis e as farmácias. A 75 quilômetros de Marília, com 65 mil habitantes e 100% de ocupação na UTI, o município também vetou a presença de menores de 12 anos em todos os espaços comerciais e de serviços.

Em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, uma praça que teve registros de aglomerações foi fechada. O mesmo foi determinado em Itararé, na divisa com o Paraná. O município classificou, ainda, como aglomeração qualquer agrupamento de mais de três pessoas, proibindo que ocorra tanto nas vias públicas quanto em locais privados. A venda de bebidas alcoólicas após as 17 horas está suspensa, até por delivery.

Com o toque de recolher em vigor a partir das 20h desta quinta-feira, quem for flagrado em festas ou reuniões familiares com mais de dez pessoas receberá multa de R$ 3 mil em Campinas. O responsável ainda poderá ser processado com base no Código Penal, podendo ser condenado a até 1 ano de prisão. A maior cidade do interior, com 1,2 milhão de habitantes, está com todos os leitos de UTI ocupados com doentes da covid-19 e mais de cem pessoas na fila de espera por internação.
Mais UTIs. Outras cidades tentam ampliar a capacidade hospitalar, na medida do possível. Já contando com um hospital de campanha, Santo André, no ABC, instalou mais 50 leitos covid e passou a contar com 132 vagas exclusivas.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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