Os aumentos nos custos da energia elétrica e do gás de cozinha pressionaram os gastos das famílias brasileiras com Habitação em dezembro. O grupo passou de uma alta de 1,06% em novembro para uma elevação de 0,90% em dezembro, o que resultou numa contribuição de 0,15 ponto porcentual para a taxa de inflação de 0,78% registrada neste mês pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dentro do grupo, a maior pressão partiu da energia elétrica, com alta de 0,96% em dezembro, após uma elevação de 0,93% no mês anterior. O IBGE lembra que permanece em vigor desde setembro a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta uma cobrança de R$ 14,20 à conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
Além disso, houve reajustes tarifários em Brasília, com reajuste de 11,69%, em vigor desde 22 de outubro; Porto Alegre, com reajuste de 14,70% em uma das concessionárias, a partir de 22 de novembro; Goiânia, com reajuste de 16,37%, vigente desde 22 de outubro; e São Paulo, com reajuste de 16,44% em uma das concessionárias, a partir de 23 de outubro.
O gás encanado teve uma elevação de 2,58%, decorrente dos reajustes de 6,90% no Rio de Janeiro, aplicado a partir de 1º de novembro, e de 17,64% em São Paulo, a partir de 10 de dezembro.
O gás de botijão subiu 0,51%, o 19º mês consecutivo de aumentos. No ano de 2021, a alta acumulada no gás de botijão foi de 38,07%.
A taxa de água e esgoto subiu 0,89% em dezembro, em consequência dos reajustes de 9,86% no Rio de Janeiro, em vigor desde 8 de novembro, e de 9,05% em Salvador, desde 29 de novembro.