A moeda americana fechou em alta ontem após dois dias fechando perto da estabilidade. O clima esquentou na CPI da covid em Brasília, mas a pressão no câmbio veio principalmente do exterior, primeiro pela surpresa com a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que subiu bem mais que o esperado em abril.
Pela tarde, o anúncio do Tesouro dos EUA de que o déficit orçamentário atingiu o nível recorde de US$ 1,9 trilhão nos primeiros sete meses do ano fiscal de 2021 provocou nova rodada de alta. No fechamento, o dólar à vista subiu 1,59%, ficando em R$ 5,305.
O economista sênior global da Capital Economics, Simon MacAdam, reconhece que há pressão na inflação nos EUA, mas que tende a ser de curto prazo, provocada pela maior demanda, por conta da retomada rápida da economia, com o avanço da vacinação e os auxílios em dinheiro da Casa Branca, o que por sua vez ajuda a elevar o déficit fiscal.
A apreensão dos investidores em relação à inflação americana mexeu também com a Bolsa por aqui. O Ibovespa encerrou o pregão com perdas de 2,65%, aos 119.710 pontos, o menor nível desde o dia 5. Nem mesmo a força das commodities conseguiu segurar a derrocada propiciada pelos maus ventos vindos de Nova York onde os índices pares do mercado acionário registraram queda acentuada.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>