Com prova menor, Unicamp abre vestibulares de faculdades públicas em SP

A primeira fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) começa nesta quarta-feira, 6, no primeiro dos grandes exames a serem realizados em janeiro e fevereiro, durante o período de pandemia. O novo coronavírus levou a instituição a adotar mudanças, como a divisão dos 77 mil candidatos em dois dias de prova (quarta-feira e quinta-feira, 7), com redução no tempo de prova (de cinco para quatro horas) e de questões (de 90 para 72).

A prova para a instituição paulista esta marcada para as 13 horas. Além do processo seletivo da Unicamp, ocorrerão ainda em janeiro as provas da primeira fase da Fuvest (10 de janeiro), da Unesp (30 e 31 de janeiro) e o Enem (17 e 24 de janeiro, versão impressa).

As mudanças no caso da Unicamp ocorrem em virtude das medidas para respeitar o distanciamento social, evitar aglomerações e também devido à readequação do calendário. Outra medida adotada pela instituição para garantir o distanciamento entre os candidatos foi a de dobrar o número de salas utilizadas para a realização das provas. Serão 3.381 nesta edição, ante 1.502 da última.

No primeiro dia, a Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) irá utilizar 1.460 salas, para aplicar a prova a 34 mil candidatos aos cursos do segmento de Ciências Humanas, Artes, Exatas e Tecnológicas. Já no dia 7, serão utilizadas 1.921 salas para os 43 mil candidatos da área de Ciências Biológicas e Saúde.

Além disso, a Comvest reduziu a lista de obras de leitura obrigatória do exame de 12 para sete, em caráter excepcional pela dificuldade de acesso a bibliotecas e considerando os efeitos da pandemia na educação pública e privada. As sete obras utilizadas são de fácil acesso ou domínio público.

A Unicamp orienta que os candidatos cheguem ao local de prova com pelo menos uma hora de antecedência e que mantenham o distanciamento social de no mínimo 1,5 metro até a entrada nas salas de prova. É obrigatório o uso de máscara em todos os espaços.

Para o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, a atual edição é a que demandou maior planejamento logístico e acadêmico. "A Comvest trabalhou com muito afinco para termos uma prova com todos os critérios de segurança e que continue atendendo às expectativas de selecionar os estudantes para uma universidade pública. O nosso trabalho foi incansável, em diálogo com experiências de outras instituições, inclusive do exterior, para que pudéssemos realizar o vestibular da Unicamp", afirmou.

Além disso, a garantia é de que os candidatos façam a prova em segurança. "Com tanto planejamento e trabalho, nossa expectativa é a melhor possível. Nós temos certeza de que os procedimentos funcionarão. Os candidatos encontrarão salas arejadas, com distanciamento social, já que neste ano teremos uma média de 23 alunos por sala, menos da metade do ano passado.", explicou.

Sobre a expectativa de comparecimento, e também de como será o conteúdo do vestibular, Neto disse: "temos tradicionalmente em torno de 10% de abstenção, pode ser que este número possa ser um pouco maior neste ano, mas não imaginamos que tenha uma mudança muito grande na comparação com o ano passado. O vestibular da Unicamp é tradicional e consolidado, a Comvest é bastante respeitada e a avaliação deste ano será moderna, contemporânea, com grandes questões, com exercícios analíticos e reflexivos sobre o mundo em que vivemos", finalizou.

A prova será aplicada em 38 cidades do País, incluindo seis capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza e Salvador.

No Estado de São Paulo, além da capital, o teste será realizado em mais 31 cidades, entre elas Guarulhos, Campinas, Jundiaí, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Piracicaba, Osasco, Santos, Sorocaba e São José dos Campos.

Estão inscritos no processo 77.655 candidatos, que concorrem a 3.237 vagas, em 69 cursos de graduação. Devido à mudança de calendário por causa da pandemia, nesta edição não haverá a reserva de 20% das vagas destinadas através da classificação obtida no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Todas as vagas serão preenchidas pelo vestibular.

A prova da primeira fase é composta de 72 questões de múltipla escolha, distribuídas da seguinte maneira: 12 questões de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, 12 questões de Matemática, 8 questões de História e 8 questões de Geografia (incluindo Filosofia e Sociologia), 8 questões de Física, 8 questões de Química, 8 questões de Biologia e 8 questões de Inglês. Cada questão tem quatro alternativas.

<b>Orientações da comissão aos candidatos:</b>

– Levar álcool em gel e máscaras extras, em caso de necessidade de troca no decorrer da prova. Nas salas, também será oferecido álcool em gel caso seja necessário.

– Levar o original do documento de identidade indicado na inscrição, canetas de cor preta em material transparente, lápis preto e borracha.

– Será permitido o uso de régua transparente e compasso. O candidato poderá usar relógio para controlar o tempo, mas todos os relógios deverão ficar no chão, ao lado da carteira.

– Os candidatos poderão tomar água ou sucos na sala e se alimentar, abaixando a máscara por um curto período de tempo e mantida a distância.

– Se um candidato estiver com suspeita de covid-19, ele não deve sair de casa para fazer a prova.

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