Diante da trégua nos aumentos das tarifas de energia elétrica, a inflação no varejo em abril caiu a menos da metade do verificado em março, segundo os dados do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) divulgados nesta quinta-feira, 7, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,61% no mês passado, contra alta de 1,41% no mês anterior.
Ao todo, quatro das oito classes de despesa perderam força na passagem do mês, mas a contribuição de maior magnitude partiu do grupo Habitação (3,71% para 0,57%). Apenas o item tarifa de eletricidade residencial desacelerou de 22,60% para 0,59%.
Também desaceleraram os grupos Transportes (0,67% para 0,05%), Alimentação (1,02% para 0,86%) e Educação, Leitura e Recreação (0,44% para 0,14%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens gasolina (1,82% para -0,75%), hortaliças e legumes (4,00% para 2,68%) e salas de espetáculo (1,31% para -0,75%), respectivamente.
No sentido contrário, ganharam força os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,70% para 1,37%) e Vestuário (-0,33% para 0,76%). Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens medicamentos em geral (0,04% para 3,49%), roupas (-0,40% para 0,98%) e tarifa de telefone residencial (-1,08% para -0,47%), respectivamente.
O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa de variação registrada em março, de 0,61%. O item tarifa postal (0,00% para 7,63%) exerceu a principal influência de alta. Em sentido descendente, o destaque coube ao item serviço religioso e funerário (1,77% para 0,65%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,46% em abril, ritmo abaixo do verificado em março (0,62%). O resultado é explicado pelo custo da mão de obra (0,53% para 0,11%), já que o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços acelerou de 0,73% para 0,84%.