Problemas antigos e comuns dos municípios do Alto Tietê, o combate às enchentes e a destinação do lixo urbano voltarão como prioridades da pauta do Consórcio dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) em 2011, segundo o prefeito Sebastião Almeida, que representa a cidade no consórcio como tesoureiro.
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) entrou em vigor oficialmente a partir do 1º de janeiro em substituição à Associação dos Municípios do Alto Tietê (Amat).
O prefeito acredita que projetos apresentados de forma conjunta terão mais facilidade de serem aprovados tanto pelo Governo do Estado quanto pelo Governo Federal do que se fossem pleiteados individualmente pelas cidades.
Segundo Almeida, o Condemat está passando pela fase burocrática de registro e nos próximos dias seus representantes deverão se reunir para iniciar um levantamento de outras necessidades dos municípios a fim de elaborar uma pauta comum para ser apresentada ao governo estadual.
"Neste momento não conseguimos enxergar pleito maior do que um plano de combate às cheias, que consiste na construção de piscinões. Os piscinões, entretanto, só podem ser viabilizados com subsídios do Estado e do Governo Federal. Assim que tivermos um plano definido vamos agendar uma audiência com o governador do Estado (Geraldo Alckmin) para tratar do assunto (piscinões), que embora esteja contemplado no Plano Diretor de Drenagem há mais de dez anos nunca saiu do papel", alfinetou o prefeito.
Para a região metropolitana já está prevista, entretanto, a construção de 12 piscinões. Durante a campanha eleitoral de 2010, Alckmin informou que as obras contemplam a sequência do plano de macrodrenagem iniciada no governo Mário Covas (1995-2001). Segundo o governador, além dos piscinões também será tratada como prioridade o desassoreamento do Rio Tietê e a implantação do parque da várzea do Tietê, recuperando a mata ciliar e combatendo as cheias.
Embora a Associação dos Municípios do Alto Tietê (Amat) não tenha registrado, em seus 30 anos de existência, nenhuma conquista expressiva no desenvolvimento dos municípios, Almeida destaca o desempenho da associação .
"A Amat representou nesses últimos anos um passo importante na aglutinação de prefeitos, independente de suas bandeiras partidárias e contribuiu para um importante amadurecimento político dos gestores. Também conseguimos estabelecer calendários de reuniões, em que discutíamos os problemas de cada cidade. Isso não é relevante?", argumentou o prefeito.
Reconhecendo os pífios resultados decorrente dos pleitos da associação, Almeida afirma que "não existe m milagres" para resolver os problemas de uma cidade do porte de Guarulhos, por exemplo. "Temos de ter projetos consistentes e articulação para viabilizar as soluções. Nesse aspecto a Amat deu uma grande contribuição aos municípios ao promover a Oficina de Gestão Pública no ano de 2009, da qual participaram ministros e técnicos do Governo Federal com a missão de orientar os prefeitos de mais de 40 cidades na elaboração e encaminhamento de projetos", lembrou.