Comboios com ajuda humanitária seguiam nesta segunda-feira para vilas no norte da Síria e próximas da fronteira libanesa, disseram uma autoridade da Síria e grupos humanitários, enquanto moradores se reuniam nas ruas desesperados por alimentos e remédios.
A agência Sana disse que as entregas seguiam para as vilas xiitas de Foua e Kfarya, na província de Idlib, sob cerco dos rebeldes que buscam derrubar o presidente Bashar al-Assad, bem como para Madaya, bloqueada por tropas do governo e do grupo militante xiita libanês Hezbollah.
A operação humanitária foi fechada na semana passada. Ativistas informaram sobre várias mortes por fome nas últimas semanas nas áreas afetadas e as imagens de pessoas famintas circularam pelas redes sociais.
A Organização das Nações Unidas e a Cruz Vermelha também informaram que os comboios estão a caminho, enquanto o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos disse que a ajuda deveria chegar às cidades nas próximas horas.
O canal de televisão do Hezbollah, que luta na Síria ao lado das forças de Assad, informou que 40 caminhões deveriam entrar nas vilas do norte sírio, com outros 40 seguindo para Madaya.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU informou que embarcará o equivalente a um mês de alimentos para mais de 40 mil pessoas em Madaya e Damasco e também o suficiente para 20 mil pessoas para Foua e Kfarya a partir da cidade de Homs.
Também nesta segunda-feira, a agência Sana informou que um foguete, provavelmente disparado por rebeldes, atingiu uma área residencial na cidade de Alepo, no norte do país, matando três crianças e ferindo outras duas pessoas. A agência disse que o Exército sírio começou uma grande ofensiva no interior, rumo ao oeste da cidade atingida.
Na vila de Kafranbel, no norte do país, dois importantes ativistas foram libertados, após serem detidos pela extremista Frente Nusra. Os dois homens, Raed Fares e Hadi Abdullah, foram sequestrados pela Frente Nusra, afiliada síria da Al-Qaeda, no início do domingo e a emissora oposicionista deles, Radio Fresh, foi fechada. O Observatório disse que eles foram liberados 12 horas depois. Fonte: Associated Press.