Até o final de setembro, os politicos que pretendem disputar as eleições municipais em outubro de 2012 precisam definir que rumo irão tomar. Leia-se: devem decidir os partidos certos para se filiar, o que significa uma postura quase que ideológica em relação a programas de governo, alianças e nomes que querem apoiar para os cargos majoritários (prefeitos). Tanto em nível municipal, em Guarulhos, como no estadual e federal, a disputa ficará entre quem está ao lado do PT e quem está com o PSDB – a situação contra a oposição. Lógico que existem alguns partidos que terão vida própria, mas – em grosso modo – as maiores disputas se darão entre as duas siglas ou entre seus alidados.
Desta forma, apesar de não ser novidade, são significativas as decisões fechadas neste final de semana durante o 4º Congresso Nacional do PT, quando se definiu uma ampla política de alianças para as eleições municipais de 2012, abrindo caminho para compor com o PMDB e demais partidos da base. Não foram feitas restrições ao PSD, que está sendo criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Não poderia ser diferente. O PT elegeu como adversários o DEM, PSDB e PPS. O objetivo é conquistar a administração das principais cidades do país, que ainda não estão nas mãos da legenda, como São Paulo, que – inclusive – não tem um quadro sucessório muito bem definido. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada ontem, o PT lidera com a senadora Marta Suplicy. Porém, o nome dela não é consenso. O ex-presidente Lula já se manifestou publicamente que não quer a antiga companheira nesta disputa. Já o PSDB não tem qualquer nome de consenso. O mais forte é o ex-governador José Serra, que – por razões óbvias – rejeita por enquanto tentar voltar à Prefeitura.
Em Guarulhos, entretanto, já se desenha a disputa de 2012 entre o prefeito Sebastião Almeida (PT), que buscará a reeleição, contra o deputado federal Carlos Roberto (PSDB), que foi ao segundo turno em 2008. Ensaiam ter candidatos próprios o DEM e o PV, com o vereador Alan Neto e o ex-prefeito Jovino Cândido, dois nomes que – no frigir dos ovos – se alinham com a oposição.
Pela situação, dificilmente haverá nomes que possam roubar espaços. Talvez um ou outro entre na disputa mais para contrapor os adversários do que para brigar com alguma chance. Será nesse cenário que postulantes à Câmara deverão decidir seus futuros.