A disputa para substituir o italiano Mario Draghi na presidência do Banco Central Europeu (BCE) já começou, embora ainda falte um ano para que uma decisão seja tomada.
O favorito é o presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, que fez oposição a políticas iniciadas por Draghi, incluindo as compras de bonds em larga escala, vistas como responsáveis por ter salvado a zona do euro de um colapso.
“O sucessor de Draghi pode redesenhar o BCE”, afirma Martin Lueck, estrategista-chefe de investimentos para a Alemanha da BlackRock Inc. Mas “as opções são muito limitadas. Muitos investidores têm se perguntado: quem mais poderia ser, senão Weidmann?”.
A falta de alternativas óbvias jogou luz sobre a diretoria executiva da autoridade monetária. Leis da União Europeia estabelecem que os membros da diretoria, incluindo o presidente, devem cumprir mandatos de oito anos, sem possibilidade de renovação.
Porém, para advogados do BCE, uma brecha na lei poderia permitir que membros como o francês Benoît Coeuré pudessem ser elevados à presidência, desde que resignassem, antes, de suas posições.
Draghi pode ser consultado no processo, tendo em vista seu papel determinante em conduzir o bloco durante a crise de endividamento, podendo propor nomes como o de Coeuré como alternativa viável se Weidmann for considerado muito controverso.