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Comércio de roupas íntimas esquenta com chegada do réveillon

O uso de roupas íntimas tanto de mulheres como de homens segue aquecido no Brasil. Com a aproximação do réveillon, quando superstições enaltecem o uso de determinadas peças no momento da virada de ano, o mercado fica ainda mais aquecido. Só em 2017, o comércio deste tipo de vestuário deve movimentar R$ 11,5 bilhões, segundo o relatório setorial da Indústria Têxtil Brasileira, divulgado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI). 
 
Estudo recente, encomendado pela Nielsen, empresa de pesquisa sobre o perfil do consumidor, revela que, após pagarem as despesas básicas de alimentação e moradia, 28% das mulheres gastam seus salários com novas peças. Adriana Rossini sabe bem disso. A guarulhense tem 40 anos e é microempreendedora. Em 2017 iniciou sua loja de bolsas e vestuário feminino, mas foi em setembro que viu suas vendas crescerem de fato. "Optei por lingeries justamente por serem itens de primeira necessidade e pela facilidade que tenho em vendê-las. Muitas vezes vendo a primeira peça e quando a cliente vai pagar ela já compra outra diferente”, conta a microempreendedora, que acredita ter vendido mais de R$ 2 mil só de lingeries nestes últimos três meses do ano.
 
São muitas as opções de cores, tecidos, tamanhos. “Preciso atingir todos os gostos e bolsos, por isso trabalho com uma linha prime e outra mais básica”, diz a vendedora, que tem peças de R$ 9 a R$ 150. “Agora, no finalzinho de dezembro, as pessoas estão procurando mais calcinhas amarelas, vermelhas e brancas. É superstição e eu acho bom, estou vendendo bem”, conta.
 
Não são só as mulheres que compram. Cada vez mais o público masculino vem adquirindo roupa íntima para si e suas companheiras. “A linha masculina sai bem também. Não tenho mais nenhuma cueca para vender este ano. As mulheres ainda são as que mais compram, mas cresceu o número de clientes homens que me procuram pra comprar para eles ou para presentear”, diz Adriana.
 
Como microempreendedora, Adriana vende suas peças de casa e com a ajuda da tecnologia, via redes sociais. “Quando a pessoa faz o contato eu envio uma série de fotos para ela, falo dos tamanhos, cores e preços. Ela escolhe e eu envio o link para pagamento, depois combinamos a entrega. Se a pessoa é de Guarulhos, até levo à casa dela para ver se gosta da peça e fechar a compra com mais segurança”, conta Adriana.
 
Nas grandes revendedoras a situação não é diferente. Nas lojas de departamento a ala das roupas íntimas é uma das mais visitadas. As peças variam muito de preço, partindo de R$ 7,99. Mas é preciso cuidado na escolha dos tecidos. O algodão é o mais indicado pelos ginecologistas, por questões de higiene e saúde íntima. 
 

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