O comércio eletrônico brasileiro movimentou nos últimos dois anos US$ 19,7 bilhões, de acordo com estudo da bandeira internacional de cartões Visa. No País, o indicador que mede o estágio do comércio eletrônico e a capacidade de utilização por parte dos consumidores e empresas (e-Readiness) foi a 67,9%, contra 54,8% da América Latina. A referência, segundo a Visa, é a França, com 82,6%.
Dentre os segmentos mais importantes no Brasil para o e-commerce, estão, conforme dados do índice e-Readiness, os de eletrônicos de consumo, equipamentos de videogame e eletrodomésticos. No entanto, sites de venda de vestuário e calçados lideram o crescimento do volume de vendas.
No Brasil, 39,8% dos consumidores se enquadram na categoria “surfista profissional”, ou seja, aqueles fazem compras online pelo menos uma vez por mês, preferem empresas locais e especializadas, e pagam com cartão de crédito. Uma fatia de 37,6% dos brasileiros é classificada como “explorador”. Tratam-se daqueles que compram na internet de uma a oito vezes por ano e tem preferência por empresas locais e lojas físicas com presença online e também pagam com cartão de crédito.
De acordo com a Visa, o restante da população se divide entre os perfis “espectador” (15,4%), que raramente usa a internet para suas compras, e tradicionalista (7,3%), que compra somente em lojas físicas.
Até 2018, a expectativa de crescimento para o mercado de comércio eletrônico latino é de cerca de 13%, para US$ 84,9 bilhões. O Brasil é líder na América Latina em compras online e representa 42% do e-commerce da região, seguido por México (19%) e Argentina (12%).
“Em nível global, a dimensão do comércio eletrônico da América Latina é significativamente menor do que em outras regiões do mundo. No entanto, cresce em ritmo extremamente acelerado, somente ultrapassado pela região da Ásia-Pacífico (12,9% contra 16,5%)”, informa a Visa.
O índice e-Readiness utilizou uma amostra de 4.500 usuários de internet com 15 anos ou mais. O indicador compara o nível de preparação para o comércio eletrônico de oito países nos últimos dois anos em relação a um país modelo fora da América Latina, neste caso a França, primeira classificada após análise feita com 67 países. Além de Brasil, foram avaliados a Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Venezuela. A comparação considera a conectividade monetária, acesso a dispositivos, conectividade online, presença de e-commerce e logística de distribuição.