O comércio eletrônico cresceu 22% no Brasil no ano passado, para US$ 16,28 bilhões, fazendo com que o País entre na lista dos dez maiores mercados globais, segundo dados da consultoria especializada no setor eMarketer. No mundo, as vendas cresceram 22,2%, para um total de US$ 1,316 trilhão, representando 5,9% no comércio varejista total, ante 5,1% no ano anterior.
O Brasil é o único país da América Latina a figurar no ranking dos dez maiores mercados de comércio eletrônico. A eMarketer estima que as vendas desse segmento no País devem crescer 15,5% este ano, 13,5% em 2016, 11,5% em 2017 e 10,0% em 2018, quando chegarão a US$ 26,17 bilhões, uma fatia de 4,8% das vendas totais no varejo, de 3,8% atualmente. “Um crescimento de dois dígitos no comércio eletrônico brasileiro é esperado para os próximos anos, mas já é possível observar uma desaceleração significativa comparado com o salto de 28% em 2013”, diz o relatório.
Segundo a pesquisa, roupas e acessórios são os itens mais procurados pelos consumidores que compram pela internet, com uma fatia de 18%. Na sequência aparecem cosméticos (16%), eletrodomésticos (11%), assinaturas de revistas (8%), celulares (7%) e computadores (7%).
Apesar do crescimento do comércio eletrônico brasileiro, a China e os EUA ainda dominam esse mercado, com mais de 55% das vendas em 2014. Mesmo assim, existem diferenças entre esses dois mercados. Nos EUA, aproximadamente 63% dos consumidores compram online, mas essas vendas representam apenas 6,5% do total do varejo, o que mostra a força das lojas físicas. Já na China, os compradores digitais são somente 27,5% da população, mas as vendas somam mais de 10% do varejo. Ou seja, os chineses que usam a internet para suas compras o fazem com bastante frequência.
O Reino Unido é o país onde as compras online têm a maior fatia do varejo, com 13% em 2014. Já a Indonésia fica na lanterna dos 22 mercados analisados pela eMarketer, com uma fatia de apenas 0,6%. Os números incluem produtos e serviços comprados pela internet, por meio de qualquer aparelho, independentemente do método de pagamento. Só não são consideradas viagens e ingressos para eventos.
Segundo a eMarketer, suas estimativas para o crescimento do comércio eletrônico são baseadas em uma ampla abordagem, que considera tanto tendências locais como globais na economia, população e tecnologia, além de informações específicas de empresas, produtos e comportamento do consumidor.