A Comissão de Ética da Presidência da República abriu processo de apuração contra os atuais ministros Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e os ex-ministros Fernando Pimentel, Geddel Vieira Lima e Guido Mantega, além do vice-presidente da Caixa Econômica Federal Antônio Carlos Ferreira, todos citados na delação da JBS. Eles serão intimados a prestar esclarecimentos no prazo de dez dias, a contar do recebimento dos ofícios.
O colegiado, cujo presidente e demais integrantes foram nomeados na gestão de Dilma Rousseff, convocou ontem uma reunião extraordinária para analisar o conteúdo da colaboração premiada da JBS. Em nota, a comissão diz que, “após análise exaustiva dos áudios e documentos disponibilizados”, resolveu investigar as autoridades e ex-autoridades, que ocupavam cargos sujeitos à competência da comissão à época em que teriam ocorrido os fatos imputados nas delações. Assinada pelo presidente da comissão, Mauro Menezes, a nota ainda detalha as acusações que pesam contra os denunciados.
Em nota, Marcos Pereira disse que está “convicto de sua inocência e certo de que a apuração imparcial pode restabelecer a verdade dos fatos”. Já a assessoria de Kassab disse que o ministro “sempre pautou sua atuação pela ética e pelo cumprimento das leis”. Até a conclusão desta edição, o Estado não obteve resposta de Pimentel, Vieira Lima, Mantega e Ferreira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.