A Comissão de Ética Pública da Presidência da República mandou arquivar o processo que pedia o afastamento e a destituição do cargo do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams.
A representação foi protocolada pelo líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), sob a alegação de que Adams infringiu o Código de Conduta da Alta Administração Federal ao colocar em dúvida a isenção do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, que relatou o processo das contas da presidente Dilma Rousseff.
Na véspera do julgamento, o advogado-geral pediu o afastamento de Nardes, alegando que o ministro já havia se pronunciado publicamente de que votaria pela rejeição das contas de Dilma.
No entendimento dos membros da comissão, a atuação de Adams foi “plenamente regular” não houve “afronta aos ditames éticos”.
“Ele apenas arguiu a suspeição de um juiz que já manifestou publicamente a sua opinião antes de um julgamento. E nisso não há ofensa nenhuma”, disse o presidente da Comissão de Ética Pública, Américo Lacombe.
Pelo mesmo motivo, o PPS também havia entrado com uma representação contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O processo, porém, ainda não foi analisado pelo conselho.