O secretário municipal de Educação, Moacir de Souza, pode ser convocado pela Comissão de Finanças da Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre o gasto de R$ 5,5 milhões pra a realização do 2o Salão do Livro, entre 29 de abril e 8 de maio, no Parque Cecap.
Nesta quinta-feira, o HOJE revelou que o valor dado à Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) para cooperação técnica e financeira para a realização do evento seria o suficiente para construir pelo menos quatro creches para atender 480 crianças em tempo integral.
Leia a reportagem que o HOJE publicou sobre o caso
Segundo o líder da Oposição e membro da Comissão de Finanças, vereador Geraldo Celestino (PSDB), Souza deve detalhar os gastos. "Suspeito do secretário Moacir até pelos problemas na licitação das barras de cereais no ano passado. Até o símbolo do evento tinha um M de Moacir. A função do Legislativo é fiscalizar", afirma.
Para o vereador Eduardo Carneiro (PSL), do Centrão, a Secretaria de Educação poderia ter feito convênios com as livrarias para diminuir os custos do evento que durou 10 dias. "Poderiam gerir melhor o dinheiro público. Não sou contra o Salão do Livro, mas não dá para aceitar um gasto destes", diz.
O líder do Governo, vereador José Luiz (PT), que também integra a Comissão de Finanças, diz que é contrário a convocação de Souza. Na opinião dele os valores utilizados foram justificados no Diário Oficial. "Os 350 mil livros vendidos mostram a importância do Salão. Outra discussão é ver que Guarulhos precisa de um local para receber grandes eventos", conta.
