A Comissão Técnica Permanente de Segurança Pública da Câmara de Guarulhos esteve reunida nesta terça-feira (2), no plenário da Casa, com Silas Marques de Araújo e Eduardo Bueno Lopes, integrantes de Guarda Civil Municipal (GCM). Eles haviam sido convocados pelos vereadores para detalharem as denúncias de que a Secretaria Municipal de Assuntos da Segurança Pública praticaria improbidade administrativa e de que funcionários, entre os quais eles se incluíam, estariam sofrendo assédio moral.
Os vereadores Geraldo Celestino (PSDB) e Toninho Magalhães Filho (PTC) – Eduardo Barreto (PTdoB) justificou ausência – ouviram relatos de perseguição a alguns guardas. “Isso vem acontecendo especialmente com profissionais ligados à Associação dos GCMs de Guarulhos, entidade que não dá apoio político ao secretário de Segurança Pública João Dárcio”, explica Silas de Araújo. “Nos tiram das ruas e nos deslocam de sala em sala na Secretaria, sem função definida, nos impedindo de atuarmos junto à Associação”, explica Araújo, que está afastado preventivamente de suas funções para responder a uma sindicância interna.
Com registros de áudio e vídeo, Eduardo Lopes falou sobre pagamento de horas extras a guardas, desvios de função e sobre um advogado contratado como assessor comissionado que defende a mãe do próprio João Dárcio em ação contra a Prefeitura, situações consideradas irregulares. “Os gestores da Secretaria eram contra a criação da associação e do sindicato da categoria e, por isso, interferem no trabalho dos funcionários, tentando ao mesmo tempo enfraquecer a categoria”, afirmou Eduardo Lopes, que não recebeu autorização da GCM para participar desta reunião.
Geraldo Celestino disse que a Comissão irá avaliar as denúncias e fará um relatório com todas as denúncias apresentadas até o momento. Vale lembrar que o secretário João Dárcio participou de uma reunião da Comissão de Segurança Pública e rebateu as acusações. “O documento será enviado ao prefeito Sebastião Almeida e, se for necessário, acionaremos o Ministério Público, pois as denúncias são muito graves”, avaliou o parlamentar.