Nem tão de entrada como o Renagade, nem tão top como os modelos importados (Cherokee, Wrangler e Grand Cherokee), o Jeep Compass, fabricado no Brasil pela FCA se coloca neste meio de caminho para quem busca um SUV de verdade, de bom tamanho, que possa ser usado na cidade, mas que seja interessante para viagens e até enfrentar – vez ou outra – terrenos mais difíceis. Entre as várias versões oferecidas, o GuarulhosWeb avaliou desta vez a Longitude, equipada com câmbio automático e motor flex 2.0, com tração 4 x2.
O Compass Longitude conta com o motor 2.0 Tigershark flexível, que gera até 166 cv de potência e 20,5 kgfm de torque. Esse conjunto, aliado ao eficiente câmbio automático de seis marchas (com aletas para trocas manuais atrás do volante), garante excelente desempenho tanto na cidade como na estrada. Por contar apenas com tração 4×2, apesar do porte e do jeitão Jeep de ser, não é voltado para o off-road, ou seja, trata-se de um SUV urbano em que o destaque maior fica por conta da performance e do conforto interno.
O desempenho é inquestionável. Ágil, forte, responde bem, tem trocas de marchas suaves e precisas, apresenta facilidade em manobras, sem parecer grandalhão demais. No entanto, diferente da versão a diesel, que apresenta excelente autonomia, a versão flex faz com que você se torne íntimo do pessoal do posto, já que voltará com frequência para reabastecer. Com gasolina, não passa dos 5 km/l na cidade, uma marca que deixa bastante a desejar e faz pensar se compensa pagar R$ 26 mil a menos em relação à mesma versão a diesel. O Compass Longitude flex 4×2 sai por R$ 108 mil, enquanto a diesel 4×4 custa R$ 134 mil.
No visual, características típicas de um autêntico Jeep
No visual, as diferentes versões do Jeep Compass são bem parecidas. Somente sob olhares mais atentos, é possível perceber um detalhe ou outro que os diferencia. Com um autêntico Jeep, apresenta características típicas da marca, como grade de sete fendas e para-lamas de contornos trapezoidais, além de traços que remetem a modelos mais sofisticados da marca, como o Grand Cherokee.
Os conjuntos óticos contam com assinaturas de LEDs tanto na dianteira como na traseira – de série desde a versão inicial. A iluminação frontal é completada por luzes diurnas e faróis de neblina, também itens presentes em todas as configurações do novo Jeep, e por projetores do tipo canhão.
No interior, como na versão Trailhawk já avaliada anteriormente, luxo e conforto sobram. Não tem nada de rústico. Ao contrário, oferece materiais e acabamento bastante requintados, que tornam bastante agradável qualquer viagem.
A chave de presença Keyless Enter ’n’ Go é o cartão de visitas em relação ao que oferece em tecnologia. Com a chave no bolso, é possível entrar no veículo e dar a partida apertando o botão na coluna de direção. A chave de presença pode ainda contar com a opção da partida remota do motor, possibilitando climatizar previamente a cabine.
A tela configurável de TFT no quadro de instrumentos apresenta quase duas dezenas de informações do computador de bordo e de outros sistemas, a exemplo de áudio, navegação GPS, telefonia e recursos de segurança. Ela pode ser colorida e de 7 polegadas, destacando ainda mais o refinamento interno. Tudo acionado por botões no raio esquerdo do volante, que também abriga comandos do controle de velocidade de cruzeiro, do limitador de velocidade e de áudio.
Tecnologia
O Compass oferece ainda o sistema multimídia Uconnect com tela de toque, navegador GPS embutido, câmera de ré e conexões Bluetooth e USB, com monitor colorido de 8,4 polegadas, com funções extras como controle do ar-condicionado e comandos de voz ainda mais avançados.
O pacote de série de segurança inclui, entre outros itens, controle eletrônico de estabilidade (ESC), sistema anticapotamento (ERM), sistema de monitoramento de pressão de pneus (TPMS), controle de velocidade de cruzeiro, controle de partida em subida, assistente de partida em rampa (HSA), freios a disco nas quatro rodas com ABS, três pontos de fixação de cadeiras infantis Isofix, repetidores de direção nos retrovisores externos, faróis de neblina com função cornering (acende do lado que se esterça em manobras ou em baixas velocidades) e direção de torque dinâmico (DST), que induz o condutor a virar o volante corretamente em uma situação de perda de aderência.