O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta quinta-feira, 10, que a meta fiscal de zerar o déficit fiscal está mantida. "A estabilidade fiscal é uma baliza fundamental deste governo", disse, em entrevista à Globonews.
Ele disse que não há nenhuma modalidade criativa para se a cumprir proposta de déficit zero. "Estamos fazendo todos os levantamentos e está mantido o compromisso de déficit zero", disse o secretário.
<b>Transição ecológica e digital</b>
Durigan afirmou que o compromisso com o déficit primário zero é um passo que não tira o sono da equipe econômica da Fazenda, mas que está sendo colocado em primeiro lugar.
A reforma tributária, segundo ele, é um segundo passo que virá a complementar a frente fiscal.
"O projeto de transição ecológica e digital são os meus sonhos no trabalho na Fazenda."
<b>Estabilidade fiscal</b>
O secretário-executivo afirmou também que a reforma tributária é um passo fundamental na sequencia da estabilidade fiscal e para que se alcance o déficit zero.
Perguntado sobre a alíquota padrão tributária, o secretário disse atualmente ela é de 34%, mas com um hiato, e que, com a reforma, a taxa é de até 27%.
<b>Novo PAC estará alinhado com plano de transição ecológica</b>
Durigan evitou adiantar o anúncio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), previsto para ocorrer amanhã, no Rio de Janeiro. Ele disse, porém, que o pacote estará alinhado com o Plano de Transição Ecológica estudado pela Pasta em conjunto com outros ministérios. A existência do programa foi publicada em primeira mão pelo <i>Broadcast</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado)em abril.
"O PAC, com suas obras, suas medidas institucionais, terá especial destaque para o Plano de Transição Ecológica", disse em entrevista à GloboNews. "Estamos falando de medidas econômicas que o Ministério da Fazenda está começando a desenhar com os ministérios para que a gente consiga alavancar conhecimento, emprego, melhoria de desigualdade de renda a partir das grandes oportunidades que temos no Brasil", citou.
O secretário salientou que, se uma empresa internacional começa a atuar no Brasil, automaticamente ela já passa a trabalhar com energia limpa, mas que, muitas vezes, precisa de outros incentivos. Isso é importante, de acordo com ele, não apenas para que o País exporte matéria-prima, mas também consiga incorporar conhecimento. "É importante adensar as cadeias produtivas."