Comércio, construção civil, alojamento e alimentação e outros serviços foram os destaques, entre as atividades econômicas, no avanço do contingente de trabalhadores ocupados no trimestre móvel terminado em novembro, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, apenas a agricultura registrou queda, de 0,2%, com 21 mil ocupados a menos. Todas as outras atividades aumentaram o número de empregados. Na comparação com um ano antes, nenhum atividade fechou vagas.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, os dados mostram avanço generalizado da ocupação, refletindo uma consolidação da recuperação do mercado de trabalho no fim de 2021.
No intervalo de um ano, na comparação do trimestre móvel encerrado em novembro de 2021 com igual período de 2020, foram 1,706 milhão de vagas a mais no comércio. Na comparação com o trimestre móvel anterior, foram 719 mil postos de trabalho a mais.
A atividade de alojamento e alimentação, uma das mais atingidas pela pandemia, seguiu a retomada. No período de um ano, são 994 mil ocupados a mais, alta de 24,0%. Ante o trimestre móvel imediatamente anterior, são 438 mil ocupados a mais, alta de 9,3%. Em outros serviços, atividade também muito atingida, foram 580 mil postos a mais em um ano (alta de 13,9%) e de 403 mil em um trimestre (mais 9,3%).
Em relação ao patamar de um ano antes, o trimestre móvel terminado em novembro de 2020, houve ganhos de postos também na construção civil (1,248 milhão), em informação, comunicação e atividades financeiras (869 mil a mais), na agricultura (461 mil), na indústria (935 mil postos, alta de 8,2%), e em transporte, armazenagem e correio (382 mil ocupados a mais).
Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o contingente de trabalhadores na construção civil cresceu em 332 mil. Também houve contratações na indústria (439 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (214 mil).
Considerando a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores domésticos, grupo que também foi destaque na perda de vagas em meio à pandemia, subiu 22,5% em um ano, com 1,029 milhão de trabalhadores a mais na comparação com o trimestre móvel terminado em novembro de 2020. Na comparação com o trimestre móvel terminado em agosto de 2021 deste ano, são 315 mil trabalhadores domésticos a mais, alta de 6,0%.
No total, 5,609 milhões de pessoas estão ocupadas no trabalho doméstico, formal ou informal, no País. A grande maioria (4,247 milhões) não tem carteira assinada, seja porque trabalha na informalidade, seja porque recebe por diárias, sem configurar vínculo.