O faturamento do e-commerce brasileiro alcançou a marca de R$ 254,4 bilhões no acumulado de 2023, o que representa um contido crescimento de 0,7% na comparação com o ano imediatamente anterior, quando o setor registrou queda de 2,2% em relação a 2021. Os dados são da 49ª edição da pesquisa Webshoppers, da NielsenIQ Ebit.
O número de compradores no e-commerce no ano passado permaneceu praticamente estável: 108,4 milhões de brasileiros, com variação negativa de 0,5% em relação a 2022.
Dentre os destaques do período, as vendas brutas de produtos da cesta de alimentos, que aumentaram 26,2%. Apesar de uma queda de 15,2% em pedidos, houve um aumento significativo de 48,7% em faturamento, indicando um possível aumento de cesta, com a inclusão de produtos de maior valor.
Em contrapartida, as bebidas registraram queda de 4,9% no faturamento bruto, alta de 4% em pedidos e perda de 8,5% no ticket médio.
"O crescimento das categorias FMCG (Bens de Consumo de Rápido Movimento, na sigla em inglês) no e-commerce brasileiro reflete uma mudança significativa no comportamento do consumidor, com ênfase crescente em compras de abastecimento e reposição. Os consumidores estão cada vez mais recorrendo ao e-commerce para atender às suas necessidades cotidianas de compras, e isso está impulsionando o crescimento dessas categorias no ambiente online", afirmou gestor de sucesso do cliente da NielsenIQ Ebit, Luiz F. Davison.
O relatório Webshoppers 49 também investigou as compras dos brasileiros em sites estrangeiros e aferiu uma leve retração na quantidade de consumidores que utilizam esses canais, assim como na frequência de uso. Em 2023, 69% dos usuários responderam que fizeram compras no e-commerce internacional, uma queda de 3 pontos em relação ao ano anterior.