Os juros futuros abriram em queda nesta quinta-feira, 1º de setembro. Segundo operadores do mercado de renda fixa, a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) começar o afrouxamento monetário já na próxima reunião (em outubro) gera pressão para baixo nas taxas. Os contratos mais curtos e intermediários têm recuos mais fortes do que o exibido pelas taxas mais longa.
Na quarta-feira, 31, o comunicado do Copom divulgado após a manutenção da Selic em 14,25% foi interpretado como mais “dovish” (leve) por especialistas em renda fixa. A mudança destacada pelos analistas foi a retirada do trecho que constava do texto anterior que dizia que “o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária”.
O racha na base governista mantém os agentes econômicos em alerta sobre a materialização do ajuste fiscal, mas segundo um economista ouvido pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), não é fator que prepondera nesse momento no segmento de renda fixa. “A cena política tem estado no radar e continua marcando a dinâmica dos negócios. Mas, na abertura do mercado, a sinalização do BC no comunicado do Copom é o que faz as taxas caírem”, afirmou.
Às 9h30, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 estava em 13,965%, ante 14,02% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2018 marcava 12,63%, ante 12,78% no ajuste da véspera.
O DI para janeiro de 2019 estava em 12,07%, ante 12,21% no ajuste de quarta. E o DI para janeiro de 2021 estava em 11,96%, de 12,04% no ajuste da véspera. Nesse horário, os contratos mais negociados entre os principais vencimentos eram para janeiro de 2018 e janeiro de 2019.