A produção brasileira de grãos na safra 2017/2018 pode atingir 225,6 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 5,1% em relação à safra passada, que foi a maior de toda a história (237,7 milhões de t), a safra deste ano deve ficar em segundo lugar. Em relação à previsão anterior, de janeiro, houve queda de 1,1% (menos 2,38 milhões de t). Os dados fazem parte do 5º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 8.
Conforme a Conab, “apesar desse resultado ser 5,1% menor que o da última safra, a expectativa é que a produção expresse o comportamento normal de safras anteriores e essa redução ocorre, sobretudo, em virtude da última safra ter sido excepcional”.
Com um crescimento de cerca de 0,2%, a área total ultrapassou os 61 milhões de hectares. Entre as culturas, o milho e a soja que representam quase 88% dos grãos produzidos no País. No caso da soja, deve ocorrer uma queda de 2,2% na produção, atingindo 111,6 milhões de toneladas em comparação com 114,1 milhões de t do período anterior. A produtividade da soja, entretanto, deve apresentar queda, atingindo 3.185 kg/hectare em comparação co 3.364 kg/ha da safra anterior.
Já para o milho total (são duas safras por ano), a expectativa é de redução de 10,1%, passando de 97,8 milhões de t para 88 milhões de t. A primeira safra pode ficar em 24,7 milhões de t (queda de 18,8%), enquanto a segunda safra deve alcançar até 63,3 milhões de t (menos 6,1%).
O estudo mostra, ainda, que o cenário mais favorável é para o algodão, com aumento de 17% na produção da pluma, totalizando 1,79 milhão de toneladas e 1,1 milhão de hectares, com elevação de 17,4% na área. Este aumento, junto com o da soja, favoreceu a ampliação da área total plantada. “Com maior liquidez e possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas, a leguminosa tende a elevar-se a uma média de 3,3%, podendo alcançar 35 milhões de hectares”, informa a Conab.
A produção de arroz está estimada em 11,6 milhões de t. Segundo a Conab, não houve alterações significativas para o cereal neste levantamento, considerando que “as condições climáticas permanecem
favoráveis à cultura”.
Para a primeira safra de feijão, a redução na área plantada reflete numa produção de 1,25 milhão de toneladas, sendo 811 mil toneladas de feijão comum cores, 295,7 mil toneladas de feijão comum preto e 147,6 mil toneladas de feijão caupi. Para a segunda safra feijão, a previsão de aumento na área plantada resulta num incremento na produção, estimada em 1,23 milhão de toneladas. A terceira safra de feijão ainda não foi plantada.
A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos no País, entre os dias 21 e 27 de janeiro.