Estadão

Condições de oferta de crédito no 3º trimestre foram mais flexíveis para PJ que PF, diz BC

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, 16, o resultado da Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (PTC), que procura captar as tendências do mercado de crédito bancário a partir das percepções das principais instituições financeiras. Em relação ao terceiro trimestre deste ano, os bancos destacaram que as condições de oferta de crédito para empresas foram mais flexíveis para as empresas do que para as famílias, com destaque para o segmento das maiores companhias.

Já para o último trimestre do ano, a expectativa é de que o crédito será mais flexível em todos os segmentos, com exceção dos financiamentos habitacionais.

As instituições financeiras que participaram da pesquisa avaliam que a demanda de crédito continuará em níveis positivos para todos os segmentos no quarto trimestre de 2023, impulsionada principalmente pela redução da taxa de juros. Já a inadimplência deve ficar relativamente estável em relação ao terceiro trimestre do ano.

No crédito para pessoas jurídicas, especificamente grandes empresas, a pesquisa mostra uma melhora generalizada da percepção de risco do cliente e das condições gerais da economia no trimestre passado. "Espera-se a manutenção desse quadro para o quarto trimestre de 2023", acrescenta o BC.

Já no caso das micro, pequenas e médias empresas, fatores de oferta negativos no segundo trimestre, como o nível de tolerância ao risco, se tornaram menos desfavoráveis no trimestre seguinte. "Para o último trimestre do ano, espera-se estabilidade, com melhora marginal em alguns fatores", completa o documento.

No crédito voltado para o consumo das famílias, a pesquisa com os bancos aponta melhora em fatores como custo e disponibilidade de <i>funding</i>, mas o comprometimento de renda e a inadimplência seguiram fatores de preocupação no terceiro trimestre. Para o fim do ano, as instituições esperam uma redução do comprometimento da renda das famílias, mas apostam na manutenção da preocupação com a inadimplência no segmento.

"No crédito habitacional para pessoas físicas houve, de forma geral, a manutenção da percepção negativa sobre os fatores de oferta observada no segundo trimestre, mas espera-se a redução da restrição relacionada ao custo e disponibilidade de <i>funding</i> para o quatro trimestre do ano", concluiu o BC.

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