Opinião

Conectados ao mundo

Conforme reportagem desta edição, a cada dia que passa cresce o número de crianças – bem pequenas, inclusive – que já estão conectadas ao mundo por meio das inovações tecnológicas disponíveis, sobretudo pelas maravilhas que a internet oferece. Muitos já começam a ser alfabetizados em frente aos computadores. Neste sentido, a própria educação escolar já repensa métodos e fórmulas para lidar com essa nova geração, que acaba tendo um contato muito mais rápido e ágil com novas tecnologias.


 


Muitos pais demonstram grande preocupação sobre os benefícios e malefícios que toda essa conectividade pode causar. Eles estariam perdendo parte da infância? Estariam se adiantando demais no processo de aprendizagem? Dificilmente, haverá um consenso em relação a essas perguntas. Sempre terá quem defenda um e outro lado. Porém, algo não pode ser negado. Os avanços estão aí e ninguém pode virar as costas à evolução. Deve-se então buscar um equilíbrio no sentido de não coibir o acesso dos pequenos aos computadores e nem tão pouco permitir que eles se tornem escravos dos equipamentos tecnológicos.


 


Nesse contexto, surge uma nova geração conectada, formada por pessoas que nasceram já nos anos 2000. Eles poderão gerar um grande impacto no mundo, podendo ser semelhante à ocorrida com o surgimento da Revolução Industrial. O acesso a internet tornou-se fundamental. Estima-se que em 2020 esta geração representará 40% da população dos Estados Unidos e países da Europa. No resto do mundo, representarão cerca de 10%.


Essa nova geração cresce seguindo um princípio básico: usufruir dos serviços que os aparelhos oferecem, trocando-os tão logo surjam um novo. Estes grupos de pessoas tendem a ficar conectados em tempo integral.


 


Hoje, há 4,6 bilhões de usuários de celulares no mundo, 67% da população total, e 1,7 bilhão de usuários de internet. Em 2020, o número de pessoas usando a telefonia móvel alcançará 6 bilhões e 4,7 bilhões acessarão a web, principalmente por meio de dispositivos móveis.


 


Com a conectividade, as vidas profissionais e pessoais se misturarão. Desta forma, seria impossível querer que esses pequenos não incorporem já tantas inovações. A educação deve estar conectada aos avanços tecnológicos o mais rápido possível. Porém, sempre com o cuidado de acompanhar as necessidades pessoais de cada um. Não se pode, entretanto, inibir as relações interpessoais, o contato físico, a troca de afeto, sob o risco de criar uma nova geração, a de robôs.

Posso ajudar?