Estadão

Confiança da construção avança 3,3 pontos em julho, para 95,7 pontos, diz FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 3,3 pontos em julho, para 95,7 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o maior nível do indicador desde os 96,3 pontos de março de 2014. Em médias móveis trimestrais, o ICST avançou 3,6 pontos, a segunda alta seguida.

O resultado positivo de julho foi puxado pela melhora das perspectivas dos empresários para os próximos meses. O Índice de Expectativas da Construção (IE-CST) avançou 6,8 pontos na série com ajuste sazonal, para 102,2 pontos, o maior nível desde os 104,2 pontos de janeiro de 2020.

Os dois subíndices do IE-CST registraram alta em julho. O indicador de demanda prevista subiu 6,4 pontos, para 102,3 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios avançou 7,2 pontos, para 102,0 pontos.

Na outra ponta, o Índice de Situação Atual da Construção (ISA-CST) cedeu 0,1 ponto em julho, na série com ajuste, para 89,4 pontos. A queda foi motivada pela piora do indicador de situação atual dos negócios, que caiu 4,3 pontos no mês, para 88,3 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção cedeu 3,7 pontos porcentuais em julho, para 73,7%. A contração foi motivada por quedas de 3,7 pontos porcentuais tanto no Nuci de Mão de Obra quanto no Nuci de máquinas e equipamentos, a 75,2% e 66,6%, respectivamente.

"A sondagem de julho aponta o crescimento da atividade e uma percepção bastante favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses. Ou seja, volta a prevalecer um cenário levemente otimista. Se no segundo semestre de 2020, a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, em 2021, esse efeito foi atenuado. Não porque tenha ocorrido queda ou redução no ritmo dos aumentos – o quesito custo da matéria-prima assumiu pelo segundo mês a primeira posição entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios. Ocorre que o porcentual de assinalações que apontam o aumento dos preços praticados pelas empresas também alcançou um recorde histórico, sugerindo que, apesar dos desarranjos que os aumentos dos custos têm causado, as empresas esperam que esse aumentos sejam absorvidos em grande parte pela demanda final", diz, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo.

Na leitura de julho, 26,7% das empresas da construção apontaram aumento da atividade, o maior porcentual desde outubro de 2012. Outras 19,5% relataram redução da atividade no período.

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