O Índice de Confiança da Construção (ICI) caiu 0,3 ponto em dezembro, após queda de 5,3 pontos em novembro, informou nesta terça-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 95,3 pontos, o menor resultado desde março de 2022, quando havia chegado a 92,9 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também recuou, com queda de 0,3 ponto porcentual, chegando a 78,3%. Nas aberturas, o NUCI de Mão de Obra caiu 0,8 ponto porcentual, para 79,6%, e o NUCI de Máquinas e Equipamentos caiu 2,0 pontos porcentuais, para 71,9%.
O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 0,4 ponto, para 96,6 pontos, o menor índice desde agosto deste ano (96,4 pontos).
O resultado do ISA foi puxado pelo volume de carteira de contratos, que caiu 0,7 ponto, para 98,1 pontos, e pelo indicador de situação atual dos negócios, que variou 0,2 ponto negativo, para 95,0 pontos.
O Índice de Expectativas (IE) variou 0,1 ponto negativo, para 94,3 pontos, o pior resultado desde março de 2022, quando atingira 93,9 pontos. O indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 1,1 ponto, para 92,3 pontos. Em contrapartida, o indicador de demanda prevista nos próximos seis meses subiu 0,9 ponto, para 96,3 pontos.
"Nos dois últimos meses passou a prevalecer um pessimismo em relação à evolução da demanda. O Indicador de Expectativas alcançou dezembro abaixo de 100, o que representa um pessimismo maior do que há um ano", afirma a coordenadora de projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo. "Ou seja, os empresários já antecipam um arrefecimento da retomada. Vale notar que a atividade ainda deverá refletir esse ciclo recente por algum tempo, mas deve perder força com a queda na demanda", acrescenta.