O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,2 ponto em maio, para 96,4 pontos, a primeira alta após dois meses consecutivos de queda. Em médias móveis trimestrais, o ICST recuou 0,4 ponto. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 27, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O crescimento na margem aponta para a retomada da rota de crescimento do setor aguardada desde o início do ano, de acordo com a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo. Para ela, porém, a manutenção do ICST abaixo do nível de 100 pontos reflete as dificuldades enfrentadas pelas empresas.
"A tragédia ambiental no Rio Grande do Sul não mexeu com os indicadores consolidados da construção, no entanto, será necessário acompanhar os efeitos secundários nos próximos meses. No processo de reconstrução, as dificuldades com mão de obra qualificada deverão se agravar", acrescentou Castelo, em nota.
Nas aberturas desta leitura, o Índice de Situação atual (ISA-CST) avançou 1,2 ponto, para 95,3, sob influência do avanço observado tanto da situação atual dos negócios quanto do volume de carteira de contratos.
Também houve alta no Índice de Expectativas (IE-CST), que avançou 1,3 ponto para 97,8 pontos. O movimento, de acordo com a FGV, foi puxado por crescimentos na demanda prevista nos próximos três meses e na tendência de negócios para os próximos seis meses.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção, por sua vez, ficou estável, em 79,9% nesta leitura. O Nuci de mão de obra recuou marginalmente (-0,1 ponto porcentual, a 81,2%), enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 0,7 ponto, para 75,3%.