O Índice de Confiança da Indústria (ICI) cresceu 2,3 pontos em maio, informou nesta sexta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a segunda alta consecutiva, o índice atingiu 99,7 pontos, o patamar mais elevado desde dezembro de 2021 (100,1 pontos). Entre julho do ano passado e março deste ano, o ICI acumulou uma queda de 13 pontos.
O avanço em maio foi puxado tanto pela avaliação do presente quanto pelas perspectivas do setor. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto, para 100,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 3,0 pontos, para 99,0.
"Houve aumento da satisfação em relação à situação corrente dos negócios, com avaliações bastante favoráveis quanto ao nível atual da demanda externa. A magnitude da alta do IE foi influenciada pela recuperação expressiva do otimismo entre os produtores de não duráveis", diz o economista do Ibre/FGV Aloisio Campelo Jr., em nota. "No extremo oposto, a única categoria de uso a registrar aumento do pessimismo no mês é a de bens duráveis, em cautela diretamente relacionada ao aumento dos juros."
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, subiu 1,0 ponto porcentual, a 80,8%, o maior nível desde outubro de 2021 (81,3%).
Nas aberturas do ISA, o melhor desempenho se deu no indicador de situação atual dos negócios, que avançou 5,1 pontos, para 103,7, no patamar mais elevado desde outubro (106,2). O indicador de nível dos estoques cresceu 1,8 ponto, para 97,9, após despencar 8,4 pontos em abril. A marca abaixo de 100 pontos sinaliza que a indústria está operando com estoques acima do desejável.
Entre os componentes do IE, a produção prevista para os três meses seguintes registrou expansão de 5,4 pontos, para 100,5, o maior nível desde agosto de 2021 (101,2). O indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses subiu 1,8 ponto, para 94,6, depois de recuar 16,8 pontos entre julho e março.