Estadão

Confiança do comércio sobe 0,8% em novembro, para nível recorde, diz CNC

Os comerciantes brasileiros ficaram mais otimistas em novembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 0,8% em relação a outubro, o segundo mês consecutivo de avanços, alcançando 131,9 pontos, maior patamar da série histórica iniciada em 2011. Na comparação com novembro de 2021, houve aumento de 10,9%.

Conforme a CNC, o cenário econômico atual é favorável ao consumo, e os empresários já costumam ter boas expectativas nos últimos meses do ano. Além disso, as intenções de compras para as campanhas de liquidação da Black Friday e do Natal se somaram à realização da Copa do Mundo no Catar.

A CNC calcula que a Black Friday movimentará R$ 4,2 bilhões em vendas este ano, o maior faturamento desde 2010. A Copa do Mundo injetaria mais R$ 1,5 bilhão no varejo. Uma sondagem especial feita pela CNC com 18 mil consumidores em todas as capitais e no Distrito Federal revelou que 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados com o campeonato mundial de futebol.

Na passagem de outubro para novembro, as avaliações sobre as condições atuais do empresário do comércio cresceram 2,3%, para 115,7 pontos, com avanços em todos os quesitos: economia (4,8%), setor (2,0%) e empresa (0,7%).

As expectativas do empresariado aumentaram apenas 0,1% em novembro, para 162,1 pontos, puxadas pelo quesito economia (0,2%), enquanto setor e empresa ficaram estagnados (0,0% em ambos).

As intenções de investimentos subiram 0,6%, para 117,9 pontos, com alta em estoques (1,9%) e contratação de funcionários (0,2%, para um nível recorde de 144,0 pontos), mas queda no quesito empresa (-0,1%).

Dos comerciantes pesquisados, 85,2% planejavam aumentar a contratação de funcionários neste fim de ano, a maior proporção desde o início da apuração do Icec, em 2011.

"A chegada das festas de fim de ano e o desempenho mais favorável da economia e do comércio estão incentivando as intenções de investir para absorver funcionários e estimular o consumo", justificou a economista Catarina Carneiro da Silva, responsável pela pesquisa da CNC, em nota oficial.

A entidade projeta que 109,4 mil trabalhadores temporários sejam contratados para o Natal de 2022, o maior volume em nove anos. A estimativa é que 11% desses funcionários sejam efetivados.

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