Estadão

Confiança do comércio sobe 12,2% em junho, na primeira alta do ano, diz CNC

Os comerciantes brasileiros ficaram menos pessimistas em junho, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) teve um crescimento de 12,2% em relação a maio, para 98,4 pontos, o primeiro avanço do ano de 2021, após cinco meses seguidos de quedas.

Em relação a junho do ano passado, o resultado de junho deste ano foi 47,6% superior, mas a base de comparação estava depreciada pelos impactos da crise sanitária. O índice permanece abaixo da zona de satisfação, aquém dos 100 pontos.

Segundo a CNC, houve uma percepção de melhora do empresariado sobre a atividade econômica, além de um impulso do aumento nas vendas no mês puxado pelo Dia dos Namorados e da contribuição positiva do auxílio emergencial. No entanto, a entidade pondera que a manutenção da retomada do otimismo no comércio depende ainda do avanço na imunização da população brasileira contra a covid-19.

Na passagem de maio para junho, houve melhora em todos os componentes do Icec, com exceção do item que mede a Intenção de Investimentos em estoques, que recuou 0,2%.

O destaque foi a alta de 19,3% no subíndice de condições Atuais, impulsionado por um avanço de 29,3% na avaliação sobre a situação da economia no momento presente. As avaliações sobre as condições do setor (18,2%) e da empresa (13,7%) também subiram de forma significativa.

O subíndice de expectativas cresceu 11,6% em junho ante maio, com melhores perspectivas para a economia (13,8%), o setor (11,0%) e a empresa (10,1%). Já o subíndice de intenções de investimentos teve elevação de 8,0%, puxado pelos itens contratação de funcionários (14,1%) e empresa (8,6%).

A avaliação das empresas de menor porte, com até 50 empregados, contribuiu para a melhora do Icec em junho, aponta o economista Antonio Everton, responsável pelo estudo da CNC.

"A percepção de recuperação e melhora agora tende a beneficiar também as micro e pequenas empresas, uma vez que mais pessoas estão circulando nas ruas e a vacinação segue pelo País. As grandes organizações avaliam a conjuntura sob outras perspectivas e têm, naturalmente, mais resiliência para momentos de crise", explicou Everton, em nota oficial.

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