O Índice Nacional de Confiança (INC, elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), atingiu 103 pontos em março, uma redução de 2,8%, em relação a fevereiro, mas alta de 15,7% na comparação interanual.
Apesar da retração pelo segundo mês consecutivo, o índice ainda se mantém no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.700 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior do País.
Assim como em fevereiro, a diminuição do INC ocorre praticamente em todas as regiões, desta vez com exceção do Nordeste, onde o índice registrou estabilidade. Na análise por classes sociais, se observam reduções nas confianças das classes A, B e C, além de estabilidade para a classe D e E.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, aponta, porém, a piora da percepção das famílias em relação ao emprego. "Se aprofundou uma percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira atual, com nova diminuição na segurança no emprego. Além disso, as expectativas positivas sobre a situação financeira futura das famílias e as evoluções do País e da região de moradia apresentaram relativo recuo em relação a fevereiro", explicou.
Ainda para Ruiz de Gamboa, "a evolução futura continuará a depender do desempenho da economia durante os próximos meses. As incertezas provocadas pela demora do governo federal em definir o novo arcabouço fiscal aumentam as expectativas da inflação, dificultando a redução da taxa básica de juros (Selic) e a possível geração de crescimento mais vigorosa da atividade econômica".