Estadão

Confiança do empresário industrial tem queda generalizada em novembro, diz CNI

A confiança do empresário industrial caiu, de forma generalizada, na passagem de outubro para novembro. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) registrou queda em todos os 29 setores analisados, em todos os portes de indústria (pequenas, médias e grandes empresas) e em todas as regiões do País.

De acordo com o levantamento, com os recuos, os índices de oito setores e da região Sul saíram do estado de confiança para o de falta de confiança. O Icei varia de zero a 100, sendo que números abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança.

A queda do Icei foi de 10 pontos ou mais em nove setores, sendo a maior delas de 14,1 pontos no setor de Produtos de Madeira, quando o indicador passou de 59,1 pontos para 45 pontos. "A queda reflete a avaliação negativa do momento atual e expectativas negativas para os próximos seis meses. A última vez que empresários do setor Produtos de Madeira mostraram falta de confiança foi em julho de 2020", destaca da CNI.

Além do setor de Madeira, também ficaram abaixo da linha divisória de 50 pontos em novembro os setores de Couro; Móveis; Minerais não metálicos; Celulose, Papel e produtos de papel; produtos de material plástico; máquinas e equipamentos; e produtos de borracha.

Apesar da queda no índice, há ainda 21 setores da indústria confiantes. Os mais confiantes são os de produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos com 57,8 pontos, Bebidas com 55,4 pontos, Químicos, com 55 pontos, e Obras de infraestrutura, com 54,5 pontos.

Por porte, a maior queda na confiança ocorreu nas empresas de médio porte, recuo de 10 pontos. Nas pequenas e grandes empresas, as quedas foram de 7,4 pontos e 7,7 pontos, respectivamente. Apesar dessa queda, os índices em todos os portes ficaram acima de 50 pontos.

A piora no índice de confiança também foi disseminada por todas as regiões do Brasil. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as quedas do Icei foram maiores, de 9,9, 8,7 e 7,8 pontos, respectivamente. Já no Norte e Nordeste, as quedas foram menores, de 6,0 e 6,2 pontos, respectivamente. Com esse resultado, o Sul do País saiu de um estado de confiança para o de falta de confiança, com o Icei da região atingindo 49 pontos, abaixo da linha de 50 pontos. Empresários das demais regiões permanecem confiantes, segundo a CNI.

A pesquisa foi feita no período de 1º a 10 de novembro, com 2.132 empresas, sendo 846 de pequeno porte, 772 de médio porte e 514 de grande porte.

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