A confiança dos negócios internacionais na China chegou na mínima histórica à medida que a recuperação da segunda maior economia do mundo patina e a relação de Pequim com seus parceiros se deteriora. Uma pesquisa feita na Câmara de Comércio da União Europeia na China, divulgada nesta quarta-feira, 21, mostrou que quase dois terços dos entrevistados entendem que os negócios ficaram mais difíceis no país no último ano.
Esse número é quatro pontos percentuais superior ao colhido no mesmo levantamento no ano passado. Além disso, 11% dos entrevistados disseram que retiraram ou tomaram a decisão de retirar investimentos da China; outros 7% disseram considerar fazê-lo.
Para o presidente da câmara de comércio, Jens Eskelund, ainda que as empresas europeias não estejam fugindo da China e permaneçam comprometidas com o país, o declínio na confiança evidenciado pela pesquisa mostra que "as partes interessadas na China devem se preocupar com a direção" para onde as coisas estão indo.
Entre os três maiores desafios citados pelos participantes, estão a desaceleração da economia chinesa, o momento de baixa da economia global e as tensões comerciais entre Pequim e Washington. O resultado desta pesquisa vem seguido de outra feita pela Câmara de Comércio Americana na China, divulgado em março, que mostrou que as empresas dos Estados Unidos estavam mais pessimistas em relação às suas perspectivas financeiras na China e que menos companhias americanas consideravam o país asiático como a decisão de investimento mais adequada.
O levantamento feito pela Câmara de Comércio da União Europeia na China foi conduzido durante os meses de fevereiro e março. Dos cerca de 1.700 membros da câmara, 570 responderam. Fonte: <i>Dow Jones Newswires</i>