O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 0,8 ponto na passagem de novembro para dezembro, na série com ajuste sazonal, atingindo 86,2 pontos, informou nesta terça-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta quebrou uma sequência de duas quedas seguidas, mas o índice encerra o ano 10 pontos abaixo do nível de dezembro de 2019, quando estava em 96,2 pontos.
"O resultado foi influenciado pela melhora dos indicadores que medem a situação atual e as expectativas. Apesar de favorável, é preciso ter cautela pois consumidores ainda estão bastante receosos diante do aumento do número de casos e da incerteza em relação à chegada da vacina ao Brasil. O cenário para os próximos meses é de continuidade da retomada, mas ainda existe um grande caminho até retornar ao nível pré-pandemia", diz a nota divulgada pela FGV.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,9 ponto, para 80,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 0,7 ponto, para 92,0 pontos, após duas quedas consecutivas. Houve alta do ICS em 6 dos 13 segmentos pesquisados e nos dois horizontes temporais, segundo a FGV.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços cedeu 0,6 ponto porcentual, para 82,5%. Mesmo assim, fecha 2020 em nível acima do registrado em dezembro de 2019 (81,9%).
Além disso, o ICS termina o ano sem recuperar o que perdeu no segundo trimestre, quando houve a maior parte do choque da pandemia de covid-19.
A média do ICS no quarto trimestre cresceu 2,4 pontos em relação ao terceiro trimestre, recuperando 84,2% do que foi perdido no segundo trimestre.
Os serviços de Transportes foram os que conseguiram melhor recompor as perdas sofridas no período, recuperando 92,6% do ICS. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias, que registraram a segunda maior alta nesse trimestre (5,2 pontos), recuperaram apenas 61,1%.
A coleta de dados para a edição de dezembro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.530 empresas entre os dias 1º e 23 do mês.