O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,1 pontos, entre agosto e setembro, alcançando 74,6 pontos. Esse é o maior nível desde julho de 2015. Mesmo após a terceira alta consecutiva, o nível do indicador continua muito baixo em termos históricos, apontou a FGV. Os pesquisadores da instituição observam, no entanto, que se torna “mais evidente a gradual melhora das perspectivas de curto prazo para empresários do setor”.
A FGV sinalizou o anúncio do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e a retomada de obras paradas do programa Minha Casa Minha Vida como motivos para a melhora das expectativas no setor.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,6 ponto em setembro, alcançando 64,8 pontos. Mesmo após a quarta alta, o índice ainda se encontra muito abaixo da média histórica. A principal contribuição à alta veio do indicador que capta a percepção da empresa em relação à situação atual dos negócios, que subiu 0,9 ponto em relação ao mês anterior, atingindo 66,1 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST) marcou 84,8 pontos, ficando 3,4 pontos acima de agosto, maior nível desde dezembro de 2014. Dentre os quesitos que integram o índice-síntese, a situação dos negócios para os próximos seis meses foi o que mais contribuiu para alta no mês, com variação de 5,1 pontos.
“A sinalização dada pelos empresários do setor é bastante expressiva, mas é preciso cautela. Mesmo que as expectativas estejam indicando uma aceleração ainda não há elementos suficientes para se confirmar a retomada do crescimento nos próximos meses”, afirmou, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou em 64,8% em setembro, 0,3 ponto porcentual acima do resultado de agosto, sinalizando certa estabilização do nível de atividade.