O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,2% em julho ante junho, passando de 87,2 para 84,4 pontos, informou nesta terça-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a sétima queda consecutiva, o índice chega ao menor nível desde abril de 2009.
Segundo a instituição, a queda do ICI na margem se deve, principalmente, à piora das avaliações dos empresários sobre o atual momento do setor. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 4,8%, para 85,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 1,8% para, 82,9 pontos.
A maior contribuição para a queda do ISA veio do item que sinaliza o nível de demanda, que caiu 7,1%, para 78,5 pontos. Na passagem de junho para julho, a proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte caiu de 8,5% para 6,0%. Já a parcela de empresas que consideram o nível de demanda fraco aumentou de 24,0% para 27,5%.
No IE , a principal influência de baixa foi do quesito que mede a tendência dos negócios nos seis meses seguintes. O indicador recuou 7,6% na margem, para 105,4 pontos. A proporção de empresas que preveem melhora da situação dos negócios, diminuiu de 29,2% para 25,6%. Por outro lado, cresceu de 15,1% para 20,2%, a proporção das que esperam piora nos próximos meses.
O superintendente-adjunto de ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., avalia que o resultado deste mês acende uma “luz amarela” em relação ao terceiro trimestre do ano. “Ainda que a diminuição do número de feriados possa influenciar favoravelmente a produção, a demanda continua sendo um fator limitativo a este crescimento”, pondera.
A FGV também informou que, entre junho e julho, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 0,3 ponto porcentual, para 83,2%, o menor nível desde outubro de 2009.