O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 2,3% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, divulgou na manhã desta sexta-feira, 30 a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Icom atingiu 80,6 pontos, pela sexta vez consecutiva o menor patamar da série histórica, iniciada em março de 2010.
“O comércio entra no quarto trimestre do ano ainda bastante insatisfeito com os níveis de demanda e prevendo vendas fracas ao final do ano. Embora o setor tenha resistido, no ano passado, a uma queda mais intensa da confiança como a observada em segmentos como a indústria e a construção, o comércio é hoje o mais pessimista entre os quatro grandes setores monitorados mensalmente pelas sondagens”, avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota oficial.
Em outubro, o resultado foi determinado pela piora da percepção dos empresários em relação ao futuro. O Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 3,7% em outubro, para 110,3 pontos, influenciado pelo menor otimismo com as vendas nos próximos três meses (-4,4%).
Já o Índice da Situação Atual (ISA-COM) subiu 0,8% neste mês, para 50,8 pontos, após ceder 10,3% no mês passado. Ainda assim, é o segundo menor nível da série.
Em setembro, o Icom havia cedido 4% em relação a agosto, conforme dado revisado hoje (-4,1% na leitura inicial). Com o resultado de outubro, o índice permaneceu na zona considerada “desfavorável” à atividade, abaixo dos 100 pontos. A média histórica do indicador é de 118,9 pontos.
Desde a edição de novembro de 2014, a Sondagem do Comércio passou a trazer oficialmente dados com ajuste sazonal. Até então, o Icom era divulgado apenas com variações interanuais trimestrais. Como a série ainda é recente (iniciada em março de 2010), a FGV adiantou que vai revisar os resultados mês a mês, até que estejam mais consolidados.
A coleta de dados para a edição de setembro da sondagem foi realizada entre os dias 1 e 27 deste mês e obteve informações de 1.200 empresas.