Economia

Confiança do comércio sobe 3,6 pontos em fevereiro ante janeiro, revela FGV

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3,6 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, saindo de 78,9 pontos para 82,5 pontos no período, informou na manhã desta quinta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O indicador alcançou o maior nível desde janeiro de 2015. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,5 ponto, após três meses consecutivos de quedas.

“O resultado da Sondagem do Comércio de fevereiro traz boas notícias, como a maior difusão de crescimento entre os segmentos do setor e a ocorrência da maior alta mensal desde abril de 2011 do subíndice que mede as percepções sobre a situação atual. Na ausência de choques negativos extra econômicos, a tendência de alta gradual deve se manter nos próximos meses, alimentada pela redução dos juros e pela liberação de recursos das contas inativas do FGTS”, avaliou Aloisio Campelo, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Houve melhora na confiança em nove dos 13 principais segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 5,5 pontos em fevereiro – a alta mais acentuada desde abril de 2011, quando avançou 5,6 pontos -, alcançando 74,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) cresceu 1,6 ponto, atingindo 91,5 pontos.

Entre os indicadores que integram o ISA-COM, a maior contribuição no mês foi do quesito que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que subiu 5,7 pontos em relação a janeiro, para 75,4 pontos. No IE-COM, houve alta de 4,0 pontos do indicador de otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes e queda de 0,9 ponto do indicador de expectativas com as vendas nos três meses seguintes.

O quesito que mede as previsões para a evolução do pessoal ocupado também teve melhora. Entre os meses de dezembro e fevereiro, a proporção de empresas prevendo reduzir o quadro de pessoal passou de 17,8% para 16,5%, enquanto a fatia de empresas que planejam contratar aumentou de 7,2% para 11,1%.

O saldo, entretanto, continua negativo, uma vez que o porcentual das empresas prevendo redução do quadro de pessoal ainda supera o das que pretendem contratar. O resultado sugere atenuação do ritmo de demissões no setor, ressaltou a FGV.

A coleta de dados para a edição de fevereiro da sondagem foi realizada entre os dias 1º e 21 do mês e obteve informações de 1.122 empresas.

Posso ajudar?