Economia

Confiança do consumidor cai 0,6% em maio ante abril, para 85,1 pontos, diz FGV

A confiança do consumidor recuou 0,6% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta terça-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 85,1 pontos. Em abril, o indicador havia subido 3,3% ante março, a primeira alta do ano.

“O resultado positivo de abril não se sustentou e o ICC voltou a recuar em maio. O movimento foi determinado pela diminuição da satisfação com a situação presente principalmente no que se refere à situação financeira das famílias. A avaliação desfavorável da situação financeira familiar está relacionada à piora do mercado de trabalho, à aceleração da inflação e ao aumento do nível de endividamento dos consumidores”, avaliou a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.

O ICC, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável. A média histórica, que considera os últimos cinco anos, está em 112,9 pontos.

O resultado de maio foi influenciado principalmente pela avaliação sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,5%, ao passar de 80,3 pontos para 79,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,3%, de 88,1 pontos para 88,4 pontos.

Na comparação de maio contra igual mês de 2014, o ICC recuou 17,9%. De acordo com a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 21 deste mês.

Percepção

As famílias estão com uma percepção menos favorável em relação à situação financeira no momento atual, o que contribuiu para o recuo no ICC de maio. Para o futuro, a perspectiva de compra de bens duráveis é a pior desde fevereiro de 2009.

O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira caiu 2,1%, passando de 99,8 pontos para 97,7 pontos entre abril e maio. A proporção de consumidores que avaliaram a situação do momento como boa foi de 16,2% neste mês, ante 16,8% no mês passado. A parcela dos que a consideram ruim, por sua vez, aumentou de 17,0% para 18,5% no período.

Nas expectativas, o indicador que mede a intenção de compra de bens duráveis nos próximos seis meses manteve a trajetória de queda pelo terceiro mês consecutivo, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2009 (71,4 pontos). A proporção de consumidores que pretendem comprar mais foi de 13,1% em maio, ante 12,6% em abril. Já a parcela dos que planejam comprar menos subiu de 39,5% para 40,8% na passagem do mês.

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