Os consumidores não estão mais tão pessimistas com a situação da inflação, do emprego e da renda. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta quinta-feira, 31, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, parte dos consumidores deixou de esperar piora nestas áreas e agora prevê estabilidade nos próximos seis meses. Com isso, o Inec alcançou 109,5 pontos em julho, aumento de 3% na comparação com os 106,3 pontos registrados em junho.
Em junho, as expectativas de inflação, renda e desemprego haviam piorado na comparação com maio. Neste mês, contudo, o indicador de expectativa de renda pessoal aumentou 7,7% ante junho. Já os indicadores de expectativa de inflação e desemprego cresceram 7,1%.
Também melhorou a situação financeira dos entrevistados, já que este quesito cresceu 5,3% no mesmo período. De acordo com a CNI, isso indica que o número de consumidores que sentiram piora na situação das finanças nos últimos três meses diminuiu em julho.
No sentido contrário, foi registrado um recuo de 3,3% no índice de compras de maior valor. O resultado aponta para uma redução na expectativa de consumo desses bens. Entre junho e julho, o endividamento se manteve estável, de acordo com a pesquisa.
Apesar do avanço, o patamar do Inec ainda é considerado baixo pela CNI na comparação com os últimos anos. Excluindo os resultados apurados nos seis primeiros meses de 2014, o indicador alcançou o menor patamar desde março de 2009, aponta a CNI. Na comparação com julho do ano passado, foi registrada queda de 0,5% na expectativa do consumidor.
Na comparação com julho de 2013, foram registradas quedas nos indicadores de renda pessoal (-1,2%), endividamento (-0,7%) e compras de bens de maior valor (-3,4%). No entanto, há avanços nos índices que medem a percepção da inflação (5,9%), desemprego (0,6%) e situação financeira (0,1%).
O Inec é realizado em parceira com o Ibope Inteligência. Neste mês, 2.002 pessoas de todo o País foram entrevistadas entre 18 e 21 de julho.